quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Para refletir...


Autor: Caio Fernando de Abreu

Eu sei que vou.
Insisto na caminhada.
O que não dá é pra ficar parado.
Se amanhã o que sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola.
E refaço, colo, pinto e bordo.
Porque a força de dentro é maior.
Maior do que todo mal que existe no mundo.
Maior do que todos os ventos contrários.
É maior porque é do bem.
E nisso, sim, acredito até o fim.
O destino da felicidade me foi traçado no berço.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Medo de Assumir a Direção

       
     Não é raro nos deparamos com pessoas que têm medo de assumir a direção de um veículo. Mas de onde vem esse medo se nunca sequer se envolveram em qualquer tipo de acidente ou situação que pudesse justificá-lo de alguma forma? Ou ainda, o que acontece quando uma pessoa que sempre dirigiu começa a desenvolver o medo de dirigir aparentemente sem nenhuma razão? 
    Em muitos caos, o que acontece é que essas pessoas têm dificuldades em assumir direções não só de um veículo, mas também de suas vidas. Assim, vivem como se estivessem a bordo de um carro desgovernado, de forma que as coisas vão acontecendo e encadeando-se, enquanto o passageiro assume o papel de vítima das circunstâncias, não se colocando em momento algum como condutor de sua própria história.
   Neste sentido, é comum essas pessoas terem medo de entrar em qualquer tipo de veículo, mesmo que seja conduzido por outra pessoa. E é aí que está a questão, estão tão cansadas de terem suas vidas direcionadas pelos outros que se sentem significativamente desconfortáveis ao entrarem em um veículo que está totalmente sobre o controle do outro. O que é muito comum também em trasporte público, pois a pessoa não tem como opinar no caminho que deve ser seguido, nem sequer escolher o ponto exato que seria ideal para sua subida e/ou descida.
     Sendo assim, é preciso que a pessoa saia do papel de vítima e assuma o lugar de condutor de sua própria história. Para isso, o importante é ter confiança em si mesmo e em seu bom senso para assumir qualquer tipo de direção. Sabendo que, para os momentos de atrito, existem os cintos de segurança para amenizar os impactos. Para tanto, é preciso que a pessoa consiga traçar os seus planos e objetivos futuros em acordo com o que realmente quer para si, não se prendendo demais à opinião dos outros, para que assim saiba para qual lado deve virar o volante e direcionar a sua vida. Uma vez que, sem saber onde se pretende chegar fica impossível escolher um caminho a seguir. Um bom indicador se está indo na direção correta é saber identificar o que está indo bem e o que não está indo bem em sua vida. Assim, assumir o que não está indo bem é o primeiro passo para a mudança de direção. É neste ponto que o novo caminho começa a ser traçado e então o rumo começa a ser mudado.
    O mais importante de tudo isso é estar no caminho certo, mesmo que a velocidade muitas vezes não seja compatível com a que gostaríamos, mas até ela, em certos momentos, é possível ser mudada, basta saber o quanto é possível acelerar ou desacelerar naquele momento, sempre respeitando os limites de cada um. Dessa forma, é fundamental que a rota seja traçada em acordo com as escolhas que vem traçando para si mesmo, ciente de que dentro de cada um existe um GPS que sinaliza toda vez que nos desvaiamos do nosso caminho. Sendo assim, basta estar atento ao sinais que nosso próprio corpo vem emitindo para saber quando e o quanto a rota precisa ser mudada ou desviada.
    Neste sentido, a falta de confiança em si mesmo é um dos principais motivos que levam ao medo de dirigir, e daí surgem o medo de acelerar, de perder o controle do veículo, de subidas, de não saber o caminho, de estacionar, de engatar marcha ré e até de deixar o carro morrer. Se pensarmos nesses medos em nossas vidas, podemos entendê-los como medo de ir rápido demais, de perder o controle (de si ou de uma situação), de não ter forças para ir até o final, de não saber onde se quer chegar, de estagnar, de andar para trás, ou até mesmo da morte.
    A estrada da vida nunca é uma estrada reta, sempre há curvas e desvios que devem ser feitos, mas sempre é possível chegar ao destino final. Todos nós temos limitações, mas muitas vezes o medo de errar faz com que desistimos antes mesmo de chegar a esse ponto. O que não devemos nos esquecer é que errar também faz parte da vida e que sempre é possível uma mudança de direção. Do contrário, quando assumimos a posição de passageiros e vítimas em nossas próprias vidas, estamos dando crédito demais ao outro em acreditar que ele saiba mais que nós mesmos qual o caminho que devemos seguir. Assim, estamos optando por fantasiar soluções mágicas que sem a nossa direção se tornam mais um passo rumo à frustração.
   Cabe ressaltar que, quando uma pessoa que já costumava dirigir desenvolve o medo de dirigir, muitas vezes esse pode ser um momento que exija uma mudança drástica de direção em sua vida. Da qual, muitas vezes ainda não se sente preparada para lidar.
       
  Ψ Medo de assumir a direção em Psicoterapia: É comum as pessoas recorrerem à psicoterapia como auxilio na superação do medo em assumir a direção de um veículo. Nestes casos, a psicoterapia pode auxiliar para que a pessoa comece a escolher onde ela realmente deseja chegar, para que posso confiar mais em si mesmo e em suas escolhas, de tal forma que perca o medo de ir adiante em sua vida. Além disso, durante a psicoterapia, a pessoa tem a oportunidade de conhecer mais a si mesmo, de forma que se torna mais consciente da origem de seus medos, o porque e pra que vem agindo de determinada forma, de modo que se torna mais capaz em escolher novos rumos e novas direções para si.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Para refletir...


O Amor
Autor: Desconhecido

E o amor? Você me pergunta.
O amor, ah, sei lá, o amor nem dá pra definir direito.
Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos.
Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois.
Acho que amor é não saber direito que ele é, mas sentir tudo o que ele traz.
É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar para a cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz.
É nos melhores e piores momentos de sua vida pensar preciso contar isso pra ele.
É não querer mais ninguém para dividir as contas e somar os sonhos.
É querer proteger o outro de qualquer mal.
É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto.
É sentir que vale e pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro.
Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúmes, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso.
O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele.
O amor é tentativa eterna.