quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Para refletir...


Autor: Caio Fernando de Abreu

Eu sei que vou.
Insisto na caminhada.
O que não dá é pra ficar parado.
Se amanhã o que sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola.
E refaço, colo, pinto e bordo.
Porque a força de dentro é maior.
Maior do que todo mal que existe no mundo.
Maior do que todos os ventos contrários.
É maior porque é do bem.
E nisso, sim, acredito até o fim.
O destino da felicidade me foi traçado no berço.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Medo de Assumir a Direção

       
     Não é raro nos deparamos com pessoas que têm medo de assumir a direção de um veículo. Mas de onde vem esse medo se nunca sequer se envolveram em qualquer tipo de acidente ou situação que pudesse justificá-lo de alguma forma? Ou ainda, o que acontece quando uma pessoa que sempre dirigiu começa a desenvolver o medo de dirigir aparentemente sem nenhuma razão? 
    Em muitos caos, o que acontece é que essas pessoas têm dificuldades em assumir direções não só de um veículo, mas também de suas vidas. Assim, vivem como se estivessem a bordo de um carro desgovernado, de forma que as coisas vão acontecendo e encadeando-se, enquanto o passageiro assume o papel de vítima das circunstâncias, não se colocando em momento algum como condutor de sua própria história.
   Neste sentido, é comum essas pessoas terem medo de entrar em qualquer tipo de veículo, mesmo que seja conduzido por outra pessoa. E é aí que está a questão, estão tão cansadas de terem suas vidas direcionadas pelos outros que se sentem significativamente desconfortáveis ao entrarem em um veículo que está totalmente sobre o controle do outro. O que é muito comum também em trasporte público, pois a pessoa não tem como opinar no caminho que deve ser seguido, nem sequer escolher o ponto exato que seria ideal para sua subida e/ou descida.
     Sendo assim, é preciso que a pessoa saia do papel de vítima e assuma o lugar de condutor de sua própria história. Para isso, o importante é ter confiança em si mesmo e em seu bom senso para assumir qualquer tipo de direção. Sabendo que, para os momentos de atrito, existem os cintos de segurança para amenizar os impactos. Para tanto, é preciso que a pessoa consiga traçar os seus planos e objetivos futuros em acordo com o que realmente quer para si, não se prendendo demais à opinião dos outros, para que assim saiba para qual lado deve virar o volante e direcionar a sua vida. Uma vez que, sem saber onde se pretende chegar fica impossível escolher um caminho a seguir. Um bom indicador se está indo na direção correta é saber identificar o que está indo bem e o que não está indo bem em sua vida. Assim, assumir o que não está indo bem é o primeiro passo para a mudança de direção. É neste ponto que o novo caminho começa a ser traçado e então o rumo começa a ser mudado.
    O mais importante de tudo isso é estar no caminho certo, mesmo que a velocidade muitas vezes não seja compatível com a que gostaríamos, mas até ela, em certos momentos, é possível ser mudada, basta saber o quanto é possível acelerar ou desacelerar naquele momento, sempre respeitando os limites de cada um. Dessa forma, é fundamental que a rota seja traçada em acordo com as escolhas que vem traçando para si mesmo, ciente de que dentro de cada um existe um GPS que sinaliza toda vez que nos desvaiamos do nosso caminho. Sendo assim, basta estar atento ao sinais que nosso próprio corpo vem emitindo para saber quando e o quanto a rota precisa ser mudada ou desviada.
    Neste sentido, a falta de confiança em si mesmo é um dos principais motivos que levam ao medo de dirigir, e daí surgem o medo de acelerar, de perder o controle do veículo, de subidas, de não saber o caminho, de estacionar, de engatar marcha ré e até de deixar o carro morrer. Se pensarmos nesses medos em nossas vidas, podemos entendê-los como medo de ir rápido demais, de perder o controle (de si ou de uma situação), de não ter forças para ir até o final, de não saber onde se quer chegar, de estagnar, de andar para trás, ou até mesmo da morte.
    A estrada da vida nunca é uma estrada reta, sempre há curvas e desvios que devem ser feitos, mas sempre é possível chegar ao destino final. Todos nós temos limitações, mas muitas vezes o medo de errar faz com que desistimos antes mesmo de chegar a esse ponto. O que não devemos nos esquecer é que errar também faz parte da vida e que sempre é possível uma mudança de direção. Do contrário, quando assumimos a posição de passageiros e vítimas em nossas próprias vidas, estamos dando crédito demais ao outro em acreditar que ele saiba mais que nós mesmos qual o caminho que devemos seguir. Assim, estamos optando por fantasiar soluções mágicas que sem a nossa direção se tornam mais um passo rumo à frustração.
   Cabe ressaltar que, quando uma pessoa que já costumava dirigir desenvolve o medo de dirigir, muitas vezes esse pode ser um momento que exija uma mudança drástica de direção em sua vida. Da qual, muitas vezes ainda não se sente preparada para lidar.
       
  Ψ Medo de assumir a direção em Psicoterapia: É comum as pessoas recorrerem à psicoterapia como auxilio na superação do medo em assumir a direção de um veículo. Nestes casos, a psicoterapia pode auxiliar para que a pessoa comece a escolher onde ela realmente deseja chegar, para que posso confiar mais em si mesmo e em suas escolhas, de tal forma que perca o medo de ir adiante em sua vida. Além disso, durante a psicoterapia, a pessoa tem a oportunidade de conhecer mais a si mesmo, de forma que se torna mais consciente da origem de seus medos, o porque e pra que vem agindo de determinada forma, de modo que se torna mais capaz em escolher novos rumos e novas direções para si.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Para refletir...


O Amor
Autor: Desconhecido

E o amor? Você me pergunta.
O amor, ah, sei lá, o amor nem dá pra definir direito.
Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos.
Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois.
Acho que amor é não saber direito que ele é, mas sentir tudo o que ele traz.
É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar para a cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz.
É nos melhores e piores momentos de sua vida pensar preciso contar isso pra ele.
É não querer mais ninguém para dividir as contas e somar os sonhos.
É querer proteger o outro de qualquer mal.
É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto.
É sentir que vale e pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro.
Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúmes, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso.
O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele.
O amor é tentativa eterna. 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Luto Familiar


                O luto é um processo pelo qual em algum momento toda família irá passar, inevitavelmente. A perda por morte de um familiar é sempre um processo doloroso, mas este pode se tornar ainda mais complicado a depender das circunstâncias da morte, idade e relação que o membro que se foi mantinha com os demais familiares. Entretanto, numa família em que o envolvimento emocional é mas expressivo, a morte é sempre sentida como uma perda significativa, independente de quem tenha morrido e das circunstâncias de sua morte. Além disso, quanto mais expressiva fosse aquele que se foi, mais a sua falta será sentida na dinâmica familiar. 
             No entanto, mesmo que o luto seja um luto no plural, ele também será sentido individualmente por cada um do membros familiares. E, a maneira pela qual o luto será sentido individualmente dentro de uma mesma família tem haver, em partes, com a estrutura e o funcionamento da família, bem como a forma pela qual a família irá se portar diante da perda. Assim, é fundamental que os familiares consigam entender que o luto é de todos, e que cada um irá lidar com ele a sua maneira. E, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa, cada familiar teve com ela uma relação e uma vivência particular. Isto é, o vazio que a perda daquele que se foi causou nunca será o mesmo entre os familiares.
           O que se pode observar é que em momentos de fragilidade, lidar com as diferenças se faz ainda mais difícil. Neste sentido, quando a perda ocorre em uma família que já era lugar de constante conflitos e tensões, a morte pode servir como um agravante dos problemas. Uma vez que, ao invés de se ajudarem, os familiares se apegam às suas diferenças, principalmente na sua forma de vivenciar o luto, acentuando as discordâncias, as discussões e a segregação, pois se faz muito comum cobrarem entre si que tenham a mesma postura diante da perda. De tal modo que, enquanto uns se mostram muito abalados com a perda e com sérias dificuldades em refazer suas vidas, outros já se mostram mais firmes e conformados com a situação. Dessa forma, é muito comum que aquele que está mais fragilizado não consiga compreender que o outro refaça sua vida, mesmo com a perda ainda muito recente. Por outro lado, aquele que se mostra mais firme, também pode não conseguir entender a dificuldade daquele familiar em dar seguimento com a sua vida. O que pode provocar um abalo na estabilidade familiar, ocasionando em cortes de relações e divórcios. 
    Além disso, o distanciamento entre os membros familiares se faz muito frequente pelo fato de que o afastamento muitas vezes dá a sensação ilusória de ser uma maneira fácil de se evitar situações dolorosas. Assim, a morte e a memória do que se foi se torna um assunto velado na família, de tal forma que os familiares passam a viver quase como se aquele que morreu nunca tivesse existido, o que dificulta a vivência do luto pessoal de cada um dos membros. Neste sentido, estas famílias passam a viver um luto patológico, pois recusam-se a assumir e a sentir a perda do ente querido, que em algum momento irá aparecer. E, neste momento, o distanciamento entre os membros familiares é tão severo que muitas vezes a retomada do vínculo pode se tornar impossível. 
       Por outro lado, tem sido observado também que momentos de extrema dor que são vividos em conjunto tem uma incrível força de união. Dessa forma, a ajuda mútua é capaz de favorecer e possibilitar que a família reaja mesmo diante de um momento tão doloroso quanto a morte de um dos seus membros de forma ágil e afetuosa. Assim, o processo do luto individual será facilitado pela vivência em conjunto, pois cada um dos membros familiares sentirá que não está sozinho na sua dor, de tal modo que os laços de solidariedade permitem que o abalo familiar sofrido pela perda de um de seus entes seja progressivamente reparado. Ao final, o que se pode observar é que estas famílias tendem a se mostrar ainda mais unidas e coesas do que pareciam ser antes da perda. 
      
   Ψ Luto Familiar em Psicoterapia: Quando uma família perde um membro por morte, a psicoterapia de família pode auxiliar na elaboração do luto para que possam prosseguir com suas vidas, mesmo com a dor da perda, sem se esquecer nem hipervalorizar aquele que se foi. Além disso, pode auxiliar para que cada familiar possa compreender e aceitar que cada um terá sua própria forma de lidar com a dor e o vazio deixado por aquele que se foi, tendo a função ainda de ajudar a promover a saúde dos relacionamentos daqueles que continuam vivos. Além disso, a psicoterapia, de forma individual, irá auxiliar para que a pessoa passe por todas as fases do luto, sendo elas: choque, negação, raiva, depressão e aceitação. Na maioria dos casos o processo todo costuma levar cerca de dois anos, mas este pode se estender ou diminuir a depender do histórico de perdas da pessoa, o grau de relação que mantinha com aquele que morreu, bem como as circunstâncias da morte. Sendo que, nas mortes mais traumáticas, a fase de negação pode se estender e a culpa e a revolta podem aparecer ainda com mais intensidade. Logo no início, é comum os familiares se manterem mais reclusos e desinteressados de viver, no entanto, com o passar do tempo começam a surgir as tentativas de retomada do cotidiano anterior à perda, o que muitas vezes não é possível, momento este que se faz primordial a mudança de hábitos. No entanto, quando os sintomas do luto persistem por um período prolongado, o mais provável é que não esteja vivendo as etapas necessárias para alcançar a superação, de forma que se mantém preso ao luto. Cabe ressaltar que em alguns casos, a pessoa não entra em luto, se mantendo indiferente ao ocorrido, tamponando sua dor, mas na verdade está apenas adiando um luto que em algum momento irá aparecer.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Para refletir...



Autor: Papa Francisco

Não chore pelo que você perdeu, lute pelo que você tem.
Não chore pelo que está morto, lute por aquilo que nasceu em você.
Não chore por quem te abandonou, lute por quem está ao seu lado.
Não chore por quem te odeia, lute por quem te quer feliz.
Não chore pelo seu passado, lute pelo seu presente.
Não chore pelo teu sofrimento, lute pela tua felicidade.
Não é fácil ser feliz, temos que abrir mão de várias coisas, fazer escolhas e ter coragem de assumir ônus e bônus.
Com o tempo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante com quem quer e luta para estar com você.
Se engana quem acha que a riqueza e o status atraem a inveja, as pessoas invejam mesmo é o sorriso fácil, a luz própria, a felicidade simples e sincera e a paz interior...

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Dificuldades de Aprendizado

 
    
        O processo de aprendizagem é caracterizado por aquisição e integração de novas informações, ocorrendo em todas as etapas do desenvolvimento humano. E, a qualquer disfunção nesse processo dá-se o nome de Dificuldade de Aprendizado. No entanto, é importante ressaltar que, quando há uma disfunção neurológica que possa levar à empecilhos na aprendizagem, o termo mais correto a se usar é o Distúrbio de Aprendizagem. Sendo assim, as dificuldades de aprendizado caracterizam-se fundamentalmente pela presença de dificuldades no aprender maiores do que as naturalmente esperadas para a maioria das crianças em idade similar, gerando um aproveitamento escolar insuficiente. As funções mais afetadas geralmente incluem a linguagem, habilidades viso-espaciais e/ou condições motoras, problemas com a memória e de concentração, bem como dificuldades na habilidade e adaptação social.
        As dificuldades de aprendizado costumam aparecer ainda na idade escolar, e em alguns casos, podem persistir até a idade adulta, sendo que, quando surgem na infância, podem ocasionar impactos relevantes na vida da criança, de sua família e de seu entorno. Uma vez que, pode acarretar prejuízos em todas as áreas do desenvolvimento escolar e pessoal desta criança, bem como em sua aceitação e participação social, o que, inevitavelmente, pode interferir negativamente em sua autoestima.
           O que tem sido observado é que as dificuldades de aprendizado não têm uma causa única, mas é possível perceber uma ligação entre fatores contextuais da criança, sendo eles familiares, sociais ou até mesmo educacionais. Isto é, as dificuldade de aprendizagem podem advir tanto de fatores emocionais e familiares quanto do ambiente escolar da criança. Dessa forma, é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar no desenvolvimento do processo educativo. 
          De um modo geral, as dificuldades de aprendizagem ocorrem quando a criança está imersa a situações negativas, sejam elas em seu ambiente escolar, onde a maior dificuldade de interação social talvez seja o bullying. Bem como diante de uma desorganização na rotina e na estrutura familiar, incluindo assim a ausência prolongada dos pais, dependência química na família, separação dos pais, enfermidade e falecimento de pessoa próxima ou do sistema familiar, violência doméstica, bem como reações de competitividade e rivalidade entre irmãos. Além disso, maus hábitos na rotina da criança como assistir televisão demasiadamente, falta de descanso e de um ambiente apropriado para os estudos e de uma alimentação mínima necessária para o crescimento e desenvolvimento infantil adequado, também contribuem para as dificuldades de aprendizado.  
        Sendo assim, em alguns casos, o meio pode ser o fator principal do problema de aprendizado de uma criança. De tal modo que, modificando as contingências, é possível que a criança venha a adquirir a habilidade que ainda não possui. É importante que os pais possam ajudar a desenvolver as competências sociais e de aprendizado dos filhos, o fazendo através da atenção, do diálogo e de orientações, estabelecendo regras e sabendo manejar as causas e consequências dos comportamentos dos filhos de forma adequada para o seu crescimento pessoal.

    
    Ψ Dificuldades de Aprendizado em Psicoterapia: É muito comum os pais recorrerem a psicoterapia quando o filho apresenta alguma dificuldade de aprendizado e, muitas vezes, o encaminhamento vem da própria escola, a qual normalmente, é a primeira a identificar o problema. Nesses casos, pode ser feito um trabalho em conjunto com a equipe pedagógica da escola sem rotular a criança, mas dando-lhe a oportunidade de descobrir e desenvolver suas potencialidades, buscando assim, junto ao professor um auxílio para essa criança em seu processo de aprendizagem, de forma a tornar as aulas mais motivadoras e dinâmicas. Além disso, o trabalho com a família é importante para que os próprios pais possam compreender os déficits e as potencialidades do filho, para que assim sejam capazes de participar ativamente no processo de mudanças e adequações no contexto da criança, suprindo assim suas necessidades e ajudando o filho na sua interação social e maior participação escolar. Quanto a criança, espera-se que ela tenha seus comprometimentos diminuídos, aumente a utilização de recursos auxiliares disponíveis, melhore a sua autoestima, bem como sua competência social.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Para refletir...



Encerrando ciclos
Autor: Fernando Pessoa

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos...
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já acabaram.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo.
Diga a si mesmo que o que passou jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo.
Nada é insubstituível.
Um hábito não é uma necessidade.
Encerrando ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba...
Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa em sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Quando um dia você decidir pôr um ponto final naquilo que já não te acrescenta, que você esteja bem certo disso, para que possa ir em frente, ir embora de vez.
Desapegar-se é renovar votos de esperança de si mesmo.
É dar-se uma nova oportunidade de construir uma nova história melhor.
Liberte-se de tudo aquilo que não tem te feito bem, daquilo que já não tem nenhum valor, e siga, siga novos rumos, desvende novos mundos.
A vida não espera.
O tempo não perdoa.
E a esperança, é sempre a última e lhe deixar.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Término de relacionamentos

    
      
      Terminar um relacionamento amoroso pode ser algo doloroso, principalmente quando uma das partes não deseja o fim. Por esse motivo, é comum nos depararmos com sentimentos de solidão, dor, angústia, tristeza, raiva e melancolia neste período, mas uma coisa é certa, esses sentimentos não duram para sempre, a menos que a pessoa decida não seguir com a vida adiante. Nestes casos, o que se pode perceber é que pessoas que se tornam muito dependentes do outro e assim de seus relacionamentos, frequentemente são pessoas com baixa autoestima, e daí a dificuldade em refazer seus planos.
       O que se pode observar é que, logo no início, a pessoa que não quer o rompimento, tenta de diversas formas reconquistar o amor perdido, afirmando que irá mudar e que tudo será diferente. No entanto, essas promessas de mudança só são válidas quando são reais. Isto, é quando a pessoa decide mudar por ela mesma, e não pelo outro. O que muitas vezes não acontece, pois a pessoa está tão misturada com a sua dor que não consegue ter clareza emocional, nem tao pouco consegue enxergar  que os erros foram cometidos a dois e não por apenas um dos parceiros, ainda que os erros de um sejam mais aparentes que do outro. Assim, as mudanças podem acontecer de imediato, mas elas não irão durar para sempre, de forma que rapidamente o casal tende a voltar a estaca zero. O que não quer dizer que os relacionamentos não possam ser reinventados e as crises superadas. Para isso, é preciso que ambos os parceiros consigam conversar e elaborar de forma clara quais foram os erros e acertos de cada um. Ou seja, os pontos fracos e as fortalezas da relação, bem como o que cada um dos parceiros está disposto a mudar e a flexibilizar. Só assim o casal terá condições de lidar com as brigas, superando a crise e reatando os vínculos conjugais de forma satisfatória para ambos os parceiros.
         Por outro lado, quando o casal não consegue mais encontrar motivações para estarem juntos, ou quando a incompatibilidade de projetos e as diferenças conjugais se tornam muito aparentes, a dissolução do vínculo pode se tornar inevitável, e assim acontece o rompimento. Neste contexto, é preciso que cada um dos parceiros possa elaborar o luto da perda da relação. O que significa que cada um deve, individualmente, procurar entender o que aconteceu com a relação, dividindo assim o peso e a culpa que cabe a cada um, para que um não carregue mais do que merece e nem saia sem o que lhe cabe. Esta reflexão proporciona um autoconhecimento e permite que a pessoa possa compreender para que entrou naquela relação, como entrou e como saiu dela. Bem como, o que espera de uma relação e de um parceiro, podendo assim ter crítica quanto às suas escolhas e a coerência delas. Feito isso, a pessoa está pronta para se perdoar, sabendo que os erros cometidos naquela relação não podem ser consertados, mas podem deixar de acontecer em um novo relacionamento, agora mais consciente de si e do que espera da relação.
      Do contrário, quando a pessoa não elabora o luto da perda da relação e entra imediatamente em uma nova relação, a tendência é de se buscar um parceiro com características semelhantes a do parceiro anterior e de entrar nesse novo relacionamento exatamente como saiu do anterior. O que normalmente acontece atrelado ao medo de sentir dor, assim a pessoa tampona suas dores com uma nova relação. No entanto, nada está resolvido, já que a substituição trará apenas uma falsa sensação de alívio, uma vez que o problema continua a existir e, mesmo que tenha sido colocado em plano de funfo, mais cedo ou mais tarde ele volta a aparecer. 
     Sendo assim, os términos de relacionamentos sempre são uma oportunidade de autoconhecimento e de mudança. Visto que, muitas vezes é o único momento em que a pessoa se mostra disposta a tentar entender o que vem acontecendo nos seus relacionamentos e avalia o que quer para si daqui para frente. Sendo assim, uma oportunidade de cuidar e fortalecer a si mesmo para ser capaz de entrar inteiro em uma nova relação.

   Ψ Términos de relacionamento em psicoterapia: É muito comum casais recorrerem à psicoterapia como um auxílio para resgatar a relação. Nestes casos, a psicoterapia deve ajudar o casal a identificarem as fortalezas e os pontos fracos da relação, de forma que as fortalezas devem ser reforçados e os pontos fracos flexibilizados. Por outro lado, quando já não existe mais o vínculo conjugal, a psicoterapia pode auxiliar a pessoa a elaborar o luto da perda da relação, reconhecendo não só suas deficiências, como também os seus acertos, para que possa buscar uma nova relação mais satisfatória e em acordo com suas expectativas e desejos de vida atuais.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Para refletir...




Quando me amei de verdade
Autora: Kim McMilen

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar certo, na hora certa e no momento exato.
Então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Autoestima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é... Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação, ou alguém, apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que pudesse me deixar pra baixo.
De início, minha razão chamou isso de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor Próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro e passei a fazer o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez.
Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Os Sonhos


      Apesar de nem sempre nos lembrarmos, todos nós sonhamos todas as noites. O que acontece é que, quando estamos em repouso, nosso consciente adormece e dá lugar para despertar o nosso inconsciente. Desse modo nossos desejos, frustrações, emoções e pensamentos que não foram liberados durante o dia são libertados durante o sonhos por nosso inconsciente. Sendo assim, os sonhos são representações do nosso inconsciente, se tratam de materiais que tentam emergir à consciência durante o sono, de tal modo que são dotados de imagens, sons e sentimentos que desencadeiam uma séria de sensações que se caracterizam pela raiz de nossas emoções diante determinado objeto. No entanto, nem sempre possuímos todos os recursos para lidar com tais materiais e, na falta deles, nosso inconsciente, trabalhando mais uma vez, faz com que esqueçamos do nosso sonho, uma vez que, lidar com ele pode ser difícil demais.
         Assim, os sonhos são manifestações do inconsciente e geralmente acontecem durante o sono leve (REM). E, do contrário do que muitos possam imaginar, os sonhos não possuem o mesmo significados para todos nós, de tal modo que têm um significado particular para quem o sonhou. Ou seja, cada um irá vivenciar e experienciar seus sonhos de maneiras singulares. O que se pode observar é que os sonhos sempre demonstram aspectos da vida emocional de uma pessoa e, é exatamente por este motivo que seus conteúdos são variados e não possuem o mesmo significados para todos nós. 
         Dessa forma, para entender o conteúdo de um sonho, é preciso conhecer o que os objetos e/ou situações desse sonho representam para a pessoa que o sonhou. Por isso, é importante entender não só o contato que o sonhador teve com determinado objeto e/ou situação, mas também a forma como ele lida  e se relaciona sentimentalmente com eles, bem como com as coisas em sua vida.
       Alguns sonhos podem ser entendidos ainda como a representação da realização de um desejo. Isto é, a realização dos nossos planos secretos, aqueles que por algum motivo não temos a coragem de revelar, de modo que permanecem ocultos no inconsciente, ou até mesmo aqueles que consideramos estarmos muito longe de alcançar. Assim, o inconsciente trabalha como uma ferramenta de compensação. Desse modo, através do sonho, além de estarmos realizando a frustração pelo desejo não realizado, estamos também visualizando novas oportunidades para a sua concretização, de modo que, ao acordamos, possamos trabalhar alguma mudança.
     Além disso, alguns sonhos nada mais são do que traduções de acontecimentos reais ocorridos durante o dia, é como se o nosso cérebro estivesse revivendo os acontecimentos importantes do dia e, que talvez, não tenhamos dado a devida importância. Ou ainda, alguns acontecimentos que nos marcaram de forma positiva ou negativa no decorrer daquele dia.
     O que se pode concluir então é que, os sonhos são nossos aliados na tentativa de trazer à consciência certos materiais e cargas emocionais que estão presos em nosso inconsciente. São projeções de imagens e sons que juntas formam situações capazes de nos proporcionar sensações, boas ou ruins, as quais, representam as raízes de certas emoções vivenciadas no nosso dia a dia e, muitas vezes podem ter significados bem diferentes do que imaginávamos ao acordar.

    Ψ Sonhos em Psicoterapia:  O estudo dos sonhos deve ser feito sempre acoplado ao dia a dia  e a história de vida do cliente, visto que, muitas vezes, pode parecer ser uma coisa, quando na verdade está ligado a uma outra questão que a princípio não teria nada a ver com o sonho. Assim, entender o conteúdo de um sonho significa penetrar nas emoções do cliente, pois estes podem ajudar a revelar emoções contidas e desejos ocultos dos clientes, bem como a forma como o cliente encara e vivencia emocionalmente determinado objeto e situações em sua vida. Dessa forma, os sonhos se mostram uma ferramenta importante para se descobrir a raiz de muitas emoções vivenciadas ao longo da vida de um sujeito, e que muitas vezes o próprio cliente ainda não tenha se dado conta disso.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Para refletir...



É Proibido
Autor: Pablo Neruda

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer,
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas, 
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.

É proibido não demostrar amor,
Fazer com que  alguém pague por suas dívidas
E mau-humor.

É proibido deixar os amigos,
Não tentar compreender o que viveram juntos,
Chamá-los somente quando necessita deles.

É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.

É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.

É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.

É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que a vida deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.

É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.

É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual. 

terça-feira, 29 de abril de 2014

Famílias com filhos adotivos

     
      

         O que se pode perceber é que, quando o casal apresenta dificuldades em engravidar, existe a possibilidade de que um dos parceiros seja impossibilitado de ter filhos, o qual, normalmente, pode passar a se sentir culpado e em dívida com o parceiro por não poder lhe dar um filho biológico. Neste contexto a adoção aparece como um recurso a ser considerado. E, quando isso acontece, é preciso que o casal avalie bem esta decisão, considerando os reais motivos que impulsionaram nesta decisão, bem como, como ela afetará a realidade do casal futuramente. Atentando-se ao fato de que, quando um dos parceiros toma a decisão de adotar um filho com a intensão de se quitar uma dívida com o outro, o relacionamento pode acabar assim que a dívida é quitada, ou seja, logo após a adoção, uma vez que não há mais motivos que liguem o casal. 
          Dessa forma, a decisão de adotar um filho deve ser a mesma de quando o casal decide engravidar. Isto é, com a intenção de construir uma família, de modo que deve ser feita em conjunto entre o casal e de forma que integre esse novo membro como parte efetiva da família. Assim, o casal precisa planejar a adoção, considerando todos os fatores envolvidos nessa decisão, ao mesmo tempo em que precisam avaliar a qualidade dos laços que serão capazes de estabelecer com este filho não biológico. Neste ponto, vale frisar que, casais inférteis precisam elaborar o luto pela criança que não pôde ser concebida antes de procurarem a adoção. Uma vez que, a acriança adotada, mesmo oferecendo a oportunidade de contemplar a família, será também a eterna lembrança de que o casal não pode ter filhos, de modo que esta visão pode ser prejudicial para o desenvolvimento familiar. 
         No entanto, não é só o casal que deve se preparar para receber este filho. A criança adotada também precisa ser preparada para ser entregue a uma nova família, pois ela será encaminhada para um novo lar, diferente de tudo que ela já tenha vivenciado anteriormente, são novas regras, valores e  novas formas de se relacionar. E é por isso que o período de adaptação e ambientação familiar que antecede a adoção é primordial para o seu sucesso. Contudo, adotar uma criança não é uma decisão exclusiva de casais inférteis ou que ainda não tenham filhos. Nestes casos, o remanejo familiar é ainda maior, pois existem outros fatores envolvidos, já que esta criança deverá ser recebida também por seus irmãos, sendo eles filhos biológicos ou não de seus pais adotivos. Ademais, mesmo que os sentimentos dos pais pela criança adotada possam ser os mesmos por um filho biológico, é preciso destacar que a situação não é a mesma, uma vez que o fato de uma criança ser adotiva traz as suas especificidades.
         Além disso, é importante atentar para o fato de que a adoção é sempre uma via de mão dupla. Ou seja, não é só o casal que tem direito em ter filhos, é também direito da criança de ter uma família. Neste sentido, ao adotar uma criança, os pais precisam ter em mente que não podem esperar que a criança adotada corresponda todas as suas expectativas familiares, mas sim que eles, enquanto pais, possam corresponder às necessidades daquela criança, assim como deve ser feito com um filho biológico. Não é justo com nenhuma criança, seja qual for a circunstância, que os pais depositem nelas expectativas que elas não tenham condições de corresponder, uma vez que são elas quem mais precisam de apoio e cuidado, principalmente no caso de uma criança adotada. Por outro lado, tem sido observado também que muitos pais adotivos podem apresentar dificuldades em impor limites, particularmente, quando a criança tenha saído de um contexto desfavorável. Desse modo, correm o risco de superprotegerem essa criança, focando apenas nas suas necessidades e carências e se esquecendo de impor limites ao filho, o que pode ocasionar em futuros conflitos, além de prejudicar seu desenvolvimento.
        Sendo assim, o processo de adoção nunca é um ato simples, pois pode ser seguido por dificuldades tanto na oficialização do ato, quanto na aceitação da criança e adaptação da família. E, o que tem sido percebido é que os primeiros meses logo após a adoção podem ser decisivos para a prevenção de futuras dificuldades, justamente por ser o período de  maior adaptação familiar. Sendo muito comum a família apresentar dificuldades de convivência, principalmente no caso de uma adoção tardia, quando a criança tem mais de dois anos. Neste sentido, é preciso que os pais tenham consciência de que os conflitos sempre irão existir e podem aparecer a qualquer momento, mesmo com os filhos biológicos. Sabendo disso, é possível contornar melhor essas situações quando vierem a acontecer. 
      Cabe ainda uma breve discussão acerca da origem da criança adotada. É preciso que os pais adotivos consigam compreender a importância de não se negar a criança o seu passado, uma vez que ele está e estará sempre ligado a ela. Desse modo, é importante que a verdade seja contada para a criança desde o início, pois a criança tem o direito de saber suas origens, ainda que não tenha condições de compreendê-la. Entretanto, muitos casais optam por não falar a verdade com receio de que os filhos se sintam menos amados por serem adotados, principalmente quando o casal tem filhos biológicos. Outros, temem que a criança possa querer procurar os pais biológicos em algum momento de suas vidas e acabem se esquecendo e/ou distanciando, ou até mesmo se rebelando contra sua família adotiva. O que  de fato pode vir a acontecer quando a criança atinge a adolescência, por ser a fase de maiores conflitos e questionamentos, o que vale também para filhos biológicos, pois estes sentem mais necessidades de conhecer suas raízes. Assim, é comum que nesta idade tenham mais curiosidade e interesse em saber de sua história, como parte de um processo de autoafirmação bastante comum na puberdade, o que não quer dizer que a família não conseguirá contornar este conflito de forma satisfatória. Além disso, tem sido bastante observado que saber de sua origem é tão direito da criança quanto de ter o seu nome verdadeiro preservado, dado que o nome está diretamente relacionado com a identidade que carregamos. Desse modo, ao invés de trocar o nome da criança, é mais apropriado se acrescentar um novo nome ao que ela já carrega, de forma que este novo nome possa preservar a origem da criança, ao mesmo tempo em que possa contemplar sua integração em sua família adotiva.
     Para finalizar, é importante ressaltar que, mesmo com todas as suas especificidades, adotar um filho nada mais é do que se tornar pais de uma criança, exatamente como é ter um filho biológico. E, se recorremos ao dicionário de língua portuguesa, podemos encontrar como sinônimos para adotar: escolher, tomar como próprio, receber, aceitar, o que significa que a adoção seria a escolha de um filho. 
  
  Ψ Famílias com filhos adotivos em Psicoterapia: É comum casais que encontram dificuldades em engravidar procurarem a psicoterapia como um suporte neste processo. Nestes casos, é preciso considerar que existem fatores psicológicos e circunstanciais que podem influenciar neste momento e dificultar o processo, no entanto, não o impossibilita, o que deve ser trabalhado com o casal. Noutros casos, existem fatores biológicos que podem ser determinantes neste momento, de tal modo que, quando se é constatado que o casal não pode engravidar, a psicoterapia pode auxiliar para que possam lidar com essa impossibilidade e assim planejar a adoção, considerando todos os impactos que ela terá sobre o sistema conjugal e familiar. Quando um casal que já têm filhos optam por adotar, a psicoterapia familiar pode ser útil para ajudar no planejamento, aceitação e adaptação de cada um dos membros familiares para receber e integrar este novo membro da melhor maneira possível. Além disso, a psicoterapia pode auxiliar também a criança adotada a se adaptar ao novo lar e a superar possíveis traumas que possam ter se instalado devido as suas condições de vida anteriores à adoção, bem como o fato de ter sido abandona, o que pode contribuir para o desenvolvimento de futuros sintomas.