sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Promessas de Ano Novo!


    A chegada do ano novo traz consigo a renovação do fôlego e da esperança para se realizar novos projetos e também os antigos sonhos que não foram possíveis de se realizar no ano anterior. Nos dando a oportunidade de rever nossos feitos e de aprender com os erros cometidos no ano que está terminando.
    Dessa forma, a entrada em um novo ano, quase que automaticamente, renova o gás pra o ano que está se anunciando, de tal modo que a passagem de ano vem também acompanhada de expectativas e promessas de uma nova vida. Por este motivo, é justamente neste período que as pessoas mais buscam razões e um sentido para uma vida melhor.
  Sendo assim, inúmeras são as promessas realizadas na noite de ano novo, seja de emagrecer, encontrar um emprego melhor, buscar antigas e novas amizades, voltar a estudar... Enfim, promessas é o que não faltam neste dia. No entanto, por mais bem intencionadas que as pessoas estejam diante de suas "Promessas de Ano Novo", ao longo do ano, a maioria delas encontram dificuldades em dar prosseguimento e em encontrar razões para persistir em suas metas. Isto acontece porque muitas vezes acabamos nos impondo metas que não temos condições de atingir, pelo menos não neste momento, deste modo, fica difícil nos adequarmos a elas.
  Assim, o melhor a se fazer é traçar metas possíveis de serem cumpridas, do contrário, estaremos nos colocando em um circulo vicioso de frustrações e arrependimentos. Ou seja, é necessário traçarmos objetivos reais e que realmente são importantes e fazem sentido em nossas vidas. Sabendo que, é só a partir do momento em que temos clareza daquilo que realmente queremos é que conseguiremos nos dedicar e alcançar bons resultados. Desta forma, na noite de ano novo vale fazer um filtro em nossas promessas e avaliar o que realmente vale a pena e tem sentido no nosso momento de vida atual e, o mais importante, se temos condições de colocá-las em prática.
   Vale ressaltar que não devemos nos desanimar e nem tampouco cobrarmos de nós mesmos menos do que temos condições de nos dar, uma vez que, é justamente nossos sonhos e projetos que nos impulsionam para uma vida melhor. Sendo assim, é preciso ter fé e coragem para perseguir nossos sonhos e não desanimar diante das dificuldades.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Fechando Ciclos


      Inúmeras são as especulações entorno da data de hoje, para alguns, esta seria a data do fim do mundo, isto porque o Calendário Maia previa que este seria o último dia da humanidade. Mas será este o fim do mundo??
   Pois bem, acredito que neste período o mundo, como tudo na vida, está passando pelo enceramento de um ciclo para a abertura de um próximo. Desta forma, o momento é propício para eliminarmos tudo aquilo que não se encaixa mais em nossas vidas e nos desapegarmos do que não vale a pena, abrindo espaço para coisas novas e que realmente podem ser proveitosas. Mas é preciso que este encerramento aconteça sem medo, sem mágoas e sem frustrações por tudo aquilo que não deu certo ou pelo que poderia ter sido diferente, mas não saiu exatamente como gostaríamos que fosse. Para isso, é preciso desapegar também da ideia de ser um ser humano infalível, que mantém o controle de tudo, sabendo inclusive reconhecer nossas falhas e nossas dificuldades. Pois, só assim poderemos entrar mais realistas e certos do que desejamos alcançar no novo ciclo que se abre bem diante de nós.
   A entrada em um novo ciclo nos dá a oportunidade de nos reinventarmos, de fazermos diferente e de buscarmos aquilo que precisamos e desejamos alcançar. Assim, este momento é ideal para canalizarmos nossas energias para o que realmente vale e pena e é importante em nossas vidas. Sendo assim, estamos diante da oportunidade de rever nossas vidas e nossos feitos até o dia de hoje, fazendo um balanço do que está bom e do que precisa ser melhorado. Dessa forma o dia de hoje marca a entrada em um novo ciclo que pode ser aproveitado da forma como cada um avaliar ser melhor para sua vida.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Para refletir...



Eu Aprendi
Autor: William Shakespeare

Eu aprendi…
Que não posso exigir amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto. 
Que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e jamais conseguirei convencê-las que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Eu aprendi...
Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da minha vida. 
Que por mais que você corte o pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo que cortamos de nosso caminho.

Eu aprendi... 
Que vai demorar muito para eu me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei. 
Que eu preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou de ser controlado por eles.

Eu aprendi...
Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independente do medo que sentem. 
Que perdoar exige muita prática, condenar é mais fácil. 
Que há muita gente que gosta de mim, mas que não conseguem expressar isso.
Que sempre posso fazer uma prece por alguém, quando não tenho força para ajudá-lo de alguma outra forma.

Eu aprendi...
Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar a minha vida.
Que eu posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.
Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis. Será uma tragédia para o mundo se eu conseguir convencê-las disso.

Eu aprendi...
Que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso.
Que não é bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.
Que não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi...
Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas minhas escolhas que fiz quando adulto.
Que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver.
Que quando duas pessoas discutem não significa que elas se odeiem. E quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.

Eu aprendi...
Que por mais que eu queira proteger meus filhos, eles vão se machucar, e eu também serei machucado, isso faz parte da vida.
Que minha existência pode mudar para sempre em poucas horas, por causa de gente que nunca vi antes.
Que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Eu aprendi...
Que a palavra amor perde o sentido quando usada sem critério.
Que certas pessoas vão embora de qualquer maneira, quer você queira ou não.
Que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir pessoas, e saber lutar pelas coisas que acredita.

Eu aprendi...
Que não posso escolher como me sinto,
Mas posso escolher o que fazer a respeito.

Eu aprendi...
Que sou mais forte do que imaginava, e que posso ir mais longe depois de pensar que não podia mais. E que realmente a vida tem valor, e eu tenho valor diante da vida.   

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Brigas Conjugais


     O que se tem observado é que, as brigas conjugais se tornam constantes e ficam indissolúveis quando os cônjuges não conseguem compreender um ao outro e têm dificuldades em aceitar os pontos de vista do outro, itens básicos para uma relação de qualidade. Assim, muitas vezes acabam voltando sempre na mesma briga e retomando os mesmos motivos que desencadeiam em discussões.
         Por este motivo, as brigas na relação conjugal são sempre vistas como algo negativo e que deve ser evitada a todo custo. No entanto, esta é também a forma como o casal tem de se fazer conhecer pelo outro, de se revelar, mostrando suas características e potencias, além de ser uma forma de manter sua individualidade e privacidade. Dessa forma, evitar as brigas pode não ser tão eficiente assim, uma vez que impede a intimidade entre o casal e faz com que a raiva e o ressentimento fiquem guardados e vão se acumulando ao longo dos desentendimentos. Logo, evitar brigas pode ser um dos ingredientes que podem deteriorar a relação.
       Sendo assim, se evitar brigas não é a melhor opção, o casal deve aprender a brigar com habilidade. Isto é, saber expressar adequadamente a sua raiva e seus sentimentos, ao invés de fazer apenas críticas e acusações ao parceiro. Dessa forma, o casal deve aprender a fazer críticas construtivas, sem ofender ou desmerecer o parceiro, sabendo ainda colocar os seus pontos de vista e sabendo escutar e reconhecer os pontos de vista do parceiro e suas pontuações. Além de se preocupar em aprender também a brigar por motivos atuais e reais, ou seja, a não brigar por qualquer motivo, nem tampouco por coisas passadas e brigas já superadas, pois assim o casal fica preso num ciclo vicioso de brigar a mesma briga repetidamente.

     Ψ Brigas Conjugais e Psicoterapia: A psicoterapia de casal pode auxiliar o casal a brigar com qualidade, aprendendo a conversar e defender seus pontos de vista sem invadir ou ofender o parceiro, aceitando suas diferenças e sabendo ouvir o que o outro tem a dizer. Além de trabalhar para que saibam expressar seus sentimentos, inclusive sua raiva, com sensatez, se fazendo ser compreendido pelo outro e sabendo avaliar o que realmente vale a pena ser brigado e o que pode ser relevado.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Para refletir...



Recomeçar
Autora: Regina Drummond

Viver o novo, intuir, criar.
Limpar a alma, limpar o cérebro.
Fazer novas conexões.
Pelo melhor...
Fazer com o coração.
Ter paixão em criar, em inovar.
Viver ...
Viver momentos criativos.
Criando o momento.
Sempre há possibilidades de reinicio.
Cada dia a cada momento...
Dar chance a si mesmo.
De mudar, de crescer.
De desenvolver.
Sair da rotina e ver o novo.
Abrir novas janelas.
Ver novos horizontes.
Horizontes belos.
Que belo horizonte...
Aprender.
Vencer novos desafios.
Estar no cume da montanha.
E lá de cima,
Observar a vida com novas perspectivas.
O feito e o não feito.
O desafio de recomeçar.
Realizando sempre coisas novas.
Inéditas...
Explorando o conhecido-desconhecido.
Abrindo oportunidades.
Motivando-se para vencer.
Pronto para a vida.
Pronto para o amor.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Rotina Conjugal


             A rotina é algo que pode ser perigoso em um relacionamento conjugal, justamente pela facilidade que se instala e por sua comodidade. A comodidade nos impede de seguir em frente, e por isso pode sacrificar o que há de melhor numa relação, o desconhecido, as novas descobertas sobre os parceiros e a satisfação em surpreender e em ser surpreendido.
            O que se pode observar é que a comodidade acaba levando os parceiros a confundir o relacionamento com a rotina. Quando isso acontece os parceiros acabam se esquecendo de quem é o outro, do prazer de estarem juntos e vivem apenas a rotina compartilhada a dois. Dessa forma, a relação torna-se estática, os parceiros deixam de evoluir e o casamento pode tornar-se uma fonte de frustrações. Alguns casais estão tão presos à comodidade que nem se dão conta das insatisfações que vão se instalando silenciosamente. Assim, o casamento se torna um lugar de descontentamento e muitas vezes o casal nem se dá conta do porquê, pois estão tão adaptados à rotina um do outro que se esqueceram dos prazeres e benefícios de se viver a dois.
           Dessa forma, o que se pode observar é que um grande erro entre os casais está em se acomodar, em acreditar que já se sabe tudo do parceiro e que não há mais nada a se descobrir. Por isso, é importante que os casais saibam surpreender o parceiro, quebrar a rotina e sair de seus hábitos, isto é, fazer algo inusitado, algo de que gostem juntos.
            No entanto, quebrar a rotina implica num ato de coragem, para desestruturar, mudar o que está ruim e também o que não está tão ruim assim, desorganizar o bem estar apaziguador em prol de novos desafios e perspectivas de vida que podem ser inusitados, mas surpreendentes. É preciso que o casal aprenda a valorizar as pequenas coisas que os instigam a buscar coisas diferentes e novos desafios para se viver juntos. Para que assim o relacionamento não caia na rotina, na mesmice, e se torne um lugar de aprendizado, crescimento e surpresas maravilhosas.

    Ψ  Rotina Conjugal e Psicoterapia: Muitos casais chegam à psicoterapia queixando-se de insatisfações e desânimo na relação, mas não sabem explicar o que está motivando estes sentimentos. Dizem ter uma relação tranquila, sem brigas e que fazem tudo junto e por isso não entendem o porquê de estarem se sentindo assim. Muitas vezes o que está atrapalhando estes casais é justamente a rotina, a comodidade e a falta de novos descobertas e prazeres. Nestes casos a psicoterapia de casal pode auxiliar para que os cônjuges revejam sua rotina, seus interesses e novas possibilidades de se relacionarem, de quebrar a comodidade que os impede de sentir os prazeres da vida a dois, aprendendo a reconhecer novas possibilidades e buscar coisas novas que possam ajudar no amadurecimento e crescimento individual e do casal.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Para refletir...



Faxina na Alma
Autor: Carlos Favaro Fanta

Estava precisando fazer uma faxina em mim, jogar alguns pensamentos indesejados fora, lavar alguns tesouros que andavam meio enferrujados... Tirei do fundo da gaveta lembranças que não uso e não quero mais.

Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões...
Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei.
Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li.
Olhei para os meus sorrisos futuros, minhas alegrias pretendidas e as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas, com bastante cuidado.

Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras que nunca queria ter dito, mágoas, lembranças de um dia triste.

Mas, lá  também haviam coisas boas!
Aquela lua cor de prata, um por do sol, uma música!
Fui me distraindo e encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças.

Aí, sentei no chão para fazer minhas escolhas.
Joguei direto no saco de lixo os restos daquilo que pensei ser amor. Peguei palavras cheias de mágoa que estavam na prateleira de cima e também joguei fora, no mesmo instante.
Outras coisas que ainda me ferem, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, talvez as mande para um lixão.

Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo que é mais importante: o amor, a alegria, os sorrisos e a fé!
Arrumei com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as bem à mostra, para não perdê-las de vista.

Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima, as da minha juventude e, pendurado bem a minha frente, coloquei a capacidade de amar e de recomeçar.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Solidão


  
       É comum as pessoas sentirem medo da solidão, mas esta é uma situação inevitável na vida de qualquer um, e vai acontecer também durante o casamento. Quando isso acontecer, se a relação não estiver bem, poderá acabar se tornando um local de depósito de queixas e da prova da solidão. No entanto, mesmo em uma relação de qualidade, em alguns momentos, os parceiros irão se sentir solitários, isso porque em certos momentos é impossível se compartilhar tudo.
      A relação conjugal é o espaço em que as pessoas depositam a maior parte, se não todas, as suas expectativas de felicidade, de se sentirem pertencendo, amados, acolhidos e compreendidos. É justamente em função de todas essas expectativas que se torna também o espaço em que as pessoas se sentem mais solitárias, pois muitas vezes, a incompreensão e o desinteresse vindos do parceiro amoroso doem mais do que vindos de qualquer outra pessoa.
     O que se pode perceber é que, por todas as dificuldades que podem acontecer numa relação, por todas as mágoas e distanciamentos entre os parceiros, estes tendem a ir se fechando cada vez mais, se sentindo solitários e assim deixando o outro também sozinho e solitário. Para que isso não aconteça é preciso que os parceiros aprendam a lidar com a solidão, muitas vezes inevitáveis. Conversar sobre seus sentimentos e interesses, em alguns casos, pode ser uma boa forma de driblar a solidão. Além disso, aprender a não depositar no parceiro e na relação conjugal todas as suas expectativas de felicidade e complementaridade, aprendendo a encontrar em si outras formas de ser feliz e de se sentir completo pode diminuir a sensação de estar sozinho.  
  Muitas vezes as mulheres sentem-se solitárias quando não conseguem ser compreendidas pelos parceiros em suas ações e sentimentos. Nestes casos, quando o casal possui filhos, é comum as mulheres compensarem sua solidão na relação com os filhos, erguendo uma muralha em torno dessa relação, deixando o parceiro de fora, fazendo assim com que se sintam isolados dentro de sua própria casa. Isto é, solitários na relação com a esposa e com os filhos, sendo esta, provavelmente a maior fonte de solidão dos homens, que deixam de fazer parte do cotidiano da casa, dos filhos, inclusive de decisões importantes e também dos sentimentos de sua esposa e seus compromissos. Este é um mecanismo comum, mas não é eficaz contra a solidão, pois acaba distanciando ainda mais o parceiro e assim reafirmando o sentimento de solidão de ambos os cônjuges. Além de ser prejudicial também aos filhos, que perdem com o distanciamento da figura paterna e muitas vezes acabam sendo chamados a ocupar um lugar que não é seu, tendo que preencher o vazio existente na relação conjugal.

    Ψ Solidão e Psicoterapia: É comum as pessoas procurarem a psicoterapia quando sentem-se solitárias e sem ter com quem dividir seus sentimentos, suas angustias e interesses de vida. Neste momento a psicoterapia pode auxiliar para que a pessoa busque os aprendizados necessários para passar pelos momentos de solidão inerentes à existência humana. É verdade que as coisas mais importantes da vida são realizadas sozinhas, por isso, é preciso que a pessoa tenha coragem para passar por esses momentos sozinha. O sentimento de solidão pode vir a aparecer em vários momentos e por vários motivos, podendo variar de pessoa para pessoa, podendo inclusive aparecer sem motivos aparentes, neste contexto, é recomendada a psicoterapia individual. A psicoterapia de casal é válida, quando os parceiros estão sentindo-se solitários dentro do casamento, com dificuldades em compartilhar fatos importantes e de expressar seus sentimentos, nestes casos, a psicoterapia deve auxiliar o casal a se reaproximar, a falar de suas dificuldades e dos seus sentimentos de solidão, mesmo vivendo a dois.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Para refletir...



A Idade de Ser Feliz
Autor: Mário Quintana

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonantemente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo novo, de novo e de novo,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Casais X Comunicação



          O que tem sido observado é que a alma de um relacionamento conjugal é a comunicação entre o casal, isto é, a capacidade de ambos os cônjuges em dizer o que precisa e ser compreendido pelo parceiro em sua necessidade. Por outro lado, quando um, ou ambos os membros do casal apresentam dificuldades em se fazer compreender, a conversa entre eles acaba diminuindo, de tal modo que, no lugar de uma conversa sensata, passam a desenvolver defesas e vão cada vez mais se especializando em queixas e explicações, consequentemente, a comunicação vai piorando ou deixando de existir, o que, inevitavelmente acaba por afastar os parceiros.
         Logo, o que se pode concluir é que saber expressar seus sentimentos e pensamentos de forma clara e objetiva é a regra básica para uma boa comunicação. Quando isso não acontece, a comunicação pode tornar-se disfuncional e o casal vai perdendo sua capacidade de interação. Dessa forma, se o casal não aprende a se comunicar, trocando informações e mostrando seu próprio mundo para o outro, correm o risco de tornarem-se dois desconhecidos, isto é, dois indivíduos que apenas vivem no mesmo espaço, dividindo suas obrigações e seus compromissos, mas são completamente estranhos um ao outro. Neste sentido, o que tem sido observado é que o casal passa a desenvolver seus interesses individualmente, sem incluir o parceiro, justamente pela dificuldade em expressar seus interesses e torná-los atraentes também para o parceiro. 
         Além disso, é preciso que o casal aprenda a conversar sobre sua comunicação, pois, quando isso não acontece, os sentimentos vão ficando embutidos e podem gerar inúmeras formas de comunicações não verbais, de tal modo que o casal vai se distanciando e perdendo a capacidade de clarear o que está sentindo, pensando e querendo dizer. Cabe ressaltar então que inúmeras são as formas de comunicação, seja ela verbal ou não verbal, para uma comunicação ser eficaz, é necessário que aja coerência entre aquilo que está sendo dito e com a maneira de se portar e se colocar do comunicador, pois só assim será possível ser compreendido pelo outro.
        O que se pode perceber é que as raízes da dificuldade ou facilidade em se comunicar estão relacionadas com o padrão comunicacional que o sujeito viveu e aprendeu em sua família de origem, bem como sua capacidade em perceber e lidar com tais dificuldades. Dessa forma, na união de um casal, ambos levarão para a relação seu padrão de comunicação vivido em sua família. Cabe ao casal então estruturar um padrão funcional de comunicação a partir de seus modelos individuais de comunicação, isto é, criar um modelo que seja único e eficaz para o casal pois, só assim serão capazes de estabelecer uma comunicação efetiva e que seja de fato funcional.

     Ψ Casais X Comunicação em Psicoterapia: Muitos casais recorrem à psicoterapia devido a sua dificuldade em se comunicar com o parceiro. Neste aspecto, a psicoterapia pode ajudar o casal a compreender o padrão de comunicação que vem sendo utilizado até então, para que ambos os cônjuges possam ir flexibilizando-o e estabelecendo novas formas de se comunicarem. Cabe ressaltar que inúmeros são os problemas decorrentes da dificuldade comunicacional entre os casais, dessa forma, trabalhar a comunicação pode ser a chave para ajudar o casal a superar também outras dificuldades.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Para refletir...


Há Momentos
Autora: Clarice Lispector

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Novos Arranjos Familiares


     
       A sociedade contemporânea tem proporcionado mudanças no sistema familiar. Se voltarmos ao tempo de nossos avós podemos perceber que o modelo de família predominante era o de um casal, formado por um homem, provedor financeiro, e uma mulher, administradora do lar e responsável pelo cuidado e educação dos filhos. A família de hoje aparece em meio a uma nova realidade, cada vez mais os parceiros têm alternado os papéis conjugais e dividido suas responsabilidades, de tal modo que a família hierárquica foi perdendo espaço para uma família cada vez mais igualitária, não havendo distinções tão discrepantes entre os gêneros.
         Além disso, a insistência em uma relação que não satisfaça os cônjuges parece fazer cada vez menos sentido. Neste contexto, os casamentos realizados com o ideal de que "até que a morte os separe" também foram perdendo gradativamente sua estima. Assim, a família que, do ponto de vista social, era tida como um sistema indissolúvel tem agora que aprender a lidar com a fragilidade de seus laços, pois estes podem acontecer ou se desfazer de acordo com a satisfação ou insatisfação entre os cônjuges.
      O que se pode observar é que diferentes arranjos familiares vêm sendo formados, se, há alguns anos era difícil encontrar crianças com pais divorciados, atualmente, esta é uma constante, casais divorciados, mulheres chefiando a família e famílias monoparentais não causam estranheza em ninguém. Além disso, expressões como: enteado, meio irmão, padrasto e madrasta já fazem parte do repertório de membros da família contemporânea.
      Neste sentido, o que se pode dizer é que a instituição familiar vem a cada dia se readaptando às novas demandas socioculturais, que parecem não se prender aos valores e normas de antigamente.
      Apesar disso, nem sempre as famílias estão preparadas para viver essas mudanças, pois os novos arranjos implicam na falência do sistema vigente. Entender que a relação conjugal acabou, bem como a saída ou a entrada de outros membros na família nem sempre é um processo simples. Além disso, há sistemas familiares que mesmo nos dias de hoje parecem não ser aceitos por uma parcela da sociedade, como os casais homossexuais e, em alguns casos até as famílias chefiadas por mulheres ainda podem ser alvo de "pré conceitos". Tudo isso, acaba por dificultar a adaptação da família ao seu novo sistema familiar, bem como a sua acomodação à sociedade, que ao mesmo em que proporciona e estimula os membros familiares a realizar as mudanças necessárias à sua satisfação, mesmo que implique em mudanças no sistema familiar, nem sempre se mostra aberta a essas mudanças.

      Ψ  Novos arranjos familiares em psicoterapia: A família tem se mostrado como sendo um sistema dinâmico e flexível que deve ser capaz de se adequar a cada nova mudança, no entanto, nem sempre estão preparadas para isso. Nos novos arranjos familiares o terapeuta deve auxiliar a família a reconhecer seu repertório de mecanismos adaptativos, para que assim possam ir se acomodando à sua nova realidade e ao novo sistema que se forma. Tem por objetivo o reconhecimento não só das dificuldades de adaptação da família, como também suas possibilidades de superação, para que possam realizar os ajustamentos necessários. Para tanto, é preciso que a família possa reconhecer as perdas e ganhos decorrentes desse processo de mudança.

domingo, 4 de novembro de 2012

Para refletir...



Você emite luz ou dá choque?
Autora: Maria Salette

     Somos como a eletricidade. Temos dentro de nós uma energia, produzida por nossas emoções. Assim como a energia da água represada e canalizada produz a eletricidade que gera a luz, nós também podemos canalizar as nossas emoções, tanto negativas quanto positivas, para um ideal e assim gerar luz no mundo.
     Entretanto, assim como a eletricidade mal usada provoca choque, se não soubermos canalizar nossas emoções, deixando-as desordenadas dentro de nós, ficaremos tensos, irritados, e também começaremos a dar choque.
      Para que a eletricidade chegue ao seu destino gerando luz, ela precisa ser direcionada através de um fio condutor. Se não houver esse fio, ela não chegará a lugar algum.
    Assim também acontece conosco. Para que nossa energia interior seja aproveitada positivamente, precisamos canalizá-la, direcionando nossos pensamentos para a meta que desejamos alcançar.

     Nota: Se você não canalizar suas emoções para as metas que traçou, suas energias serão desperdiçadas e você poderá dar choque!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Casais Homoafetivos



      Os casais homossexuais, como todos os casais, lutam para construir e manter relacionamentos afetivos satisfatórios. Dessa forma, o que se pode observar é que casais heterossexuais e homossexuais apresentam semelhanças e diferenças em suas vivências conjugais, pois, além dos problemas comuns a qualquer casal, têm ainda que lhe dar com o preconceito. Além disso, o que se pode perceber é que existem diferenças entre os casais de gays e lésbicas, que, quando comparados, podemos constatar que os casais gays tendem a apresentar maior valorização da sexualidade, enquanto os casais de lésbicas tendem a valorizam mais o companheirismo e amizade, principalmente quando se trata de casais em idade mais avançada.
         Os casais heterossexuais crescem tendo nos pais e nas pessoas próximas ao seu convívio familiar modelos de relacionamentos, em contrapartida, casais homossexuais têm poucos exemplos a seguir, visto que a relação afetiva homossexual ainda é percebida para alguns como um tabu. Além disso, a ausência de casamentos legalizados entre os casais homossexuais continua a manter na invisibilidade os rituais de comprometimento que, de fato, muitos casais celebram. No entanto, o que tem sido observado é que os homossexuais estão se assumindo como tais cada dia mais cedo, de tal modo que têm se tornado mais visíveis na sociedade, o que, ao mesmo tempo em que ajuda a quebrar tais tabus, os coloca mais vulneráveis ao preconceito ainda existente.
          O que se pode perceber é que o preconceito social, no local de trabalho e, principalmente o familiar estão entre os fatores que mais influenciam na decisão dos homossexuais de manterem em silêncio ou assumirem sua preferência afetiva. De tal modo que, a tentadora proposta de manter a própria forma de afetividade em segredo acaba roubando dos homossexuais a possibilidade de vivenciar o prazer de viver seus relacionamentos abertamente.
      A aceitação da família é, em muitos casos, primordial para o homossexual aceitar e assumir sua preferência afetiva. Quando a família não aceita e não acolhe o membro que se declara homossexual, o que se tem observado é que, esses passam a viver isolados da família, não compartilhando nada que se refere aos parceiros amorosos e sua vida afetiva, chegando, em alguns casos, inclusive a romper qualquer tipo de vínculo com sua família em detrimento da possibilidade de vivenciar sua homossexualidade. Por outro lado, existem aqueles que, em razão da convivência familiar, acabam negando e escondendo sua homossexualidade, nestes casos, acabam tornando-se solteirões invictos ou caindo em relacionamentos heterossexuais frustrados. Para ambos os casos, é importante que tanto a família quanto o próprio homossexual reconheçam que assumir ou não a homossexualidade não altera e nem põe fim à sua existência. Vale ressaltar que algumas famílias já se mostram dispostas a acolher e aceitar a homossexualidade de seus membros, tornando-se capazes de conviver com ela de forma satisfatória e assim desfrutar de um bom convívio familiar.

     Ψ Casais Homoafetivos em Psicoterapia: A psicoterapia pode ajudar os casais homossexuais a desenvolverem estratégias pessoais de reflexão que os auxiliem tanto a evitar quanto a lidar com o preconceito. Além disso, é importante que o casal possa aprender a valorizar suas diferenças, ao invés de se manterem presos à tirania de igualdade ainda existente na sociedade. A terapia de família, em alguns casos, pode ser válida na reconstrução dos laços afetivos que foram desgastados e até mesmo rompidos pela preferência afetiva de um dos seus membros. Além disso, a psicoterapia individual também pode ser um recurso para os homossexuais, pois, em alguns casos, pode auxiliar que eles mesmos reconheçam e aceitem sua preferência, bem como aprendam a lhe dar com as dificuldades decorrentes dessa escolha, as quais certamente aparecerão.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Para refletir...



A Arte de Calar
Autor: Desconhecido

O silêncio é um momento em que a criatura se cala, mas o espírito fala.
Calar sobre sua própria pessoa é humilde.
Calar sobre os defeitos dos outros é caridade.
Calar quando a gente está sofrendo é heroísmo.
Calar diante do sofrimento do outro é covardia.
Calar diante da injustiça é fraqueza.
Calar quando o outro está falando é delicadeza.
Calar quando o outro espera uma palavra é omissão.
Calar e não falar palavras inúteis é sensatez.
Calar quando não há necessidade de falar é prudência.
Calar quando Deus nos fala no coração é silêncio.
Calar diante do mistério que não entendemos é sabedoria.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Bullying



         Brincadeiras violentas, apelidos pejorativos e atitudes de humilhação e intimidação não são atitudes normais de qualquer criança, essa prática caracteriza o Bullying.
        Frequentemente o bullying é utilizado para identificar uma prática escolar que consiste em atitudes abusivas, agressivas, intencionais e repetidas que perduram por um longo período de tempo. Caracteriza-se ainda como assédio escolar praticado entre um aluno ou grupo, que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais fraco.
       A maioria dos atos de bullying ocorrem fora da visão dos professores e coordenadores. Além disso, grande parte das vítimas não reagem e em muitos casos até escondem ou omitem a agressão sofrida, por se sentirem envergonhados ou até mesmo amedrontados pelas ameaça. Este comportamento acaba por reforçar o bullying e dificulta que atitudes sejam tomadas no sentido de saná-lo.
      O que se pode observar é que existem três tipos de praticas de bullying, sendo eles: o bullying físico, através de atos agressivos como bater, roubar ou danificar os pertences alheios. O bullying verbal, em forma de apelidos pejorativos e ameaças. E, o mais comum deles, o bullying relacional, que consiste em qualquer forma de humilhação ou exclusão social.
      Neste sentido, podemos dividir o assédio escolar em duas categorias, o bullying direto e indireto. O bullying direto compreende tanto os atos físicos quanto os verbais, sendo uma prática mais comum entre os meninos. Já o bullying indireto é mais comum entre as meninas, consistindo em práticas de isolamento social, além de ridicularizar os aspectos socialmente significativos entre o universo feminino, tal como os modos de vestir.
    Aparentemente, esses comportamentos ocorrem sem motivação entre os alunos, porém sempre dentro de uma realidade desigual de poder, gerando na vítima sentimentos de intimidação, dor, angústia e sofrimento físico e/ou emocional.
       Vale ressaltar que, o período escolar é justamente o momento em que estamos estruturando nossa personalidade e nos capacitando socialmente, para tanto, é necessário que possamos nos desenvolver num ambiente saudável, livres de humilhação e intimidações. Quando isso não ocorre, a criança ou o adolescente pode vir a desenvolver graves danos à autoestima, afetando assim todo o seu desenvolvimento.
      O que tem sido observado é que as vítimas de bullying tornam-se crianças e adolescentes mais retraídos, com dificuldades em se relacionar e fazer amigos, dificuldades de concentração, baixo desempenho escolar e resistência em ir para a escola ou participar do recreio. Além disso, têm mais chances de desenvolver transtornos de humor, transtornos alimentares, distúrbio do sono, fobias e transtornos de ansiedade em algum momento da vida. Podendo inclusive se tornar agressiva ou irritada, como um reflexo das agressões que vem sofrendo.
    Em se tratando dos agressores, o que geralmente tem é observado, é que são crianças e adolescentes que através de atos de bullying denunciam a própria agressão sofrida. Muitas vezes são crianças com históricos de vida violento, tendo em algum momento, vivido ou presenciado atos de agressão familiar.

Ψ Psicoterapia e Bullying: Tanto as vítimas de bullying quanto os próprios agressores necessitam de ajuda psicológica. Normalmente, as vítimas de bullying necessitam de auxílio para recuperar a autoestima perdida com o bullying, aprendendo assim outras formas de existir, que não o adoecimento ou o isolamento. Além disso, é importante entender o que fez dessa criança uma vítima em potencial para o bullying e se trabalhar todos esses aspectos.  Já os agressores, por serem crianças que geralmente apresentam histórico de agressões familiares, necessitam de ajuda para superar os traumas das agressões sofridas, isto é, para que possam trabalhar suas raivas e assim aprender outras formas de se relacionarem, que não através de atos agressivos. Cabe ressaltar que, por se tratar de casos de crianças e adolescentes, a participação da família na psicoterapia é fundamental, seja o cliente o agressor ou a vítima de atos de bullying.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Para refletir...



Bambu Chinês
Autor: Desconhecido

      Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada, absolutamente nada, por quatro anos - exceto pelo lento desabrochar de um diminuto broto, a partir do bulbo. Durante quatro anos, todo o crescimento é subterrâneo, numa maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra. Mas então, no quinto ano o bambu chinês cresce, até atingir 24 metros.
   
        Muitas coisas na vida, pessoal e profissional, são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo e esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes não se vê nada por semanas, meses ou anos. Mas, se tiver paciência para continuar trabalhando e nutrindo, o quinto ano chegará e o crescimento e a mudança que se processam o deixarão espantado. O bambu chinês mostra que não podemos desistir fácil das coisas. Em nossos trabalhos, especialmente projetos que envolvem mudanças de comportamentos, cultura e sensibilização para novas ações devemos nos lembrar do bambu chinês, para não desistirmos fácil frente às dificuldades que surgem e que são muitas.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Filhos no divórcio



      Atualmente o divórcio parece ser uma realidade cada vez mais presente nas relações conjugais, no entanto, é sempre uma crise no ciclo evolutivo da vida familiar. Isto é, caracteriza uma crise onde toda a família é afetada, pois gera mudanças na estrutura familiar, podendo, muitas vezes, alterar inclusive os papéis e hierarquias do sistema familiar.
       Diante do divórcio o casal precisa trabalhar sua dor pessoal como marido e mulher e elaborar o luto da perda da relação, ao mesmo tempo em que devem manter o papel de pais. Mas, como ficam os filhos após o divórcio?
     Poucas crianças demonstram sentirem-se aliviadas com a decisão dos pais em se divorciarem, para tanto, é preciso que a criança possa compreender que a separação é um projeto do casal, e não entre pais e filhos.
         O que se pode perceber é que os problemas do casal sempre afetam os filhos, em maior ou menor grau. Sendo assim, as consequências existem sim, mas elas podem aumentar ou intensificar de acordo com diversos fatores, dentre eles a forma como o casal irá lidar com a separação.
       O que quero dizer é que, quando os pais se separam de forma amigável, após considerar cuidadosamente todas as alternativas possíveis, tendo em vista as reais consequências desse  passo para toda a família e conseguem manter um relacionamento saudável enquanto pais, é provável que os filhos consigam elaborar as mudanças provenientes da saída de um dos pais de casa. Podendo os filhos inclusive se desenvolverem satisfatoriamente, com pouca probabilidade de vir a desenvolver desgastes psicológicos duradouros.
   O contrário também pode vir a acontecer, quando os filhos se sentem rejeitados, desamparados e mal informados com a situação. Ou ainda, quando os pais não conseguem elaborar o luto da perda da relação, de modo que permanecem ressentidos um com o outro e acabam utilizando os filhos como forma de alienação parental, isto é, como aliados, os colocando diante conflitos de lealdade, onde têm que escolher qual dos pais apoiar. Além de os usarem como alvo de disputa entre o casal, o que, inevitavelmente, poderá prejudicar o vínculo relacional com um dos pais, o mais provável é que os filhos venham a desenvolver interferências significativas no seu desenvolvimento.
       Além disso, o que tem sido observado é que a reação dos filhos irá variar de acordo com a idade e ciclo de vida. Crianças mais novas são mais propensas a apresentar um quadro regressivo após a saída de um dos pais de casa, se tornando mais solicitante e dependente do genitor que permanece com a guarda, além de apresentarem constantemente medos extremos. É comum ainda o declínio do rendimento escolar e demonstração da tristeza e insatisfação com o divórcio dos pais.
        Pré-adolescentes, em geral, costumam reagir com raiva de ambos os pais ou daquele que considera ser o culpado pela separação. Por vezes demonstram ansiedade, solidão e sentimentos de humilhação por sua própria impotência diante do ocorrido. Além disso, o desempenho escolar e o relacionamento com colegas e amigos também podem ter prejuízo. Já os adolescentes sofrem com o divórcio muitas vezes com depressão, raiva intensa ou com comportamentos rebeldes e desorganizados.

Ψ Filhos no divórcio em psicoterapia: A psicoterapia familiar tem muito a ajudar neste caso, pois auxilia a família a avançar rumo a uma melhor adaptação da nova realidade vivenciada, isto é, a se reorganizar para passar pela crise sem danos persistentes ao longo da vida. Cabe ressaltar que a psicoterapia individual também pode ser útil para os pais, para que possam refazer suas vidas individualmente enquanto homem e mulher. Além disso, antes da efetivação do divórcio, a psicoterapia de casal pode auxiliar para que o casal posa se separar amigavelmente, reconhecendo suas possibilidades e as possíveis consequências desse ato.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Para refletir...





Certezas
Autor: Fernando Sabino


De tudo ficaram três coisas...
A certeza de que estamos começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!