domingo, 23 de junho de 2013

Para refletir...



Tudo depende de mim
Autor: Charles Chaplin

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo...
Ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro...
Ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças,
Evitando desperdício.
Posso reclamar sobre a saúde...
Ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais,
Por não terem me dado tudo o que queria...
Ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar...
Ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com as tarefas da casa...
Ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos...
Ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saírem como planejei,
Posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando
Para ser o que quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Vivendo em casas separadas


      Quando se fala em casamento, para a maioria das pessoas, vem logo a ideia de construir uma vida a dois e dividir um espaço em comum. No entanto, cônjuges vivendo em casas separadas é uma realidade cada vez mais frequente entre os casais. Mas, o que leva duas pessoas que oficializaram a união conjugal a optarem por viver em casas separadas?
      O que se pode observar é que para algumas pessoas, morar junto pode parecer ter mais desvantagens do que vantagens. Isto acontece porque muitas dessas pessoas já foram casadas anteriormente e avaliam que a rotina conjugal pode ser desgastante a longo prazo e, por medo de repetir os mesmos erros do relacionamento anterior, acabam por optar em não dividir o mesmo teto, mesmo reconhecendo os laços afetivos existente entre eles. 
   Além disso, nos casos de recasamento, alguns casais tentam evitar a troca de responsabilidade entre o casal com os demais membros da família. Desse modo, apostam no partilhamento apenas da parte positiva da relação, poupando a união dos possíveis fardos e encargos que possam surgir cotidianamente. No entanto, mesmo não compartilhando alguns problemas decorrentes da convivência diária, os casais que vivem em casa separadas precisam aprender exercitar e a resguardar o apoio mútuo existente entre o casal, apoiando o outro mesmo nas tomadas das decisões individuais, por outro lado, os projetos de vida a dois também devem ser preservados e renovados a cada etapa do casamento. Neste sentido, a ideia parece ser a de manter a qualidade de um relacionamento em tempos de namoro, bem como os benefícios desse período, em que o casal parece evitar os obstáculos de uma convivência diária de um casamento tradicional.  
      Ademais, existem outros motivos que levam os casais a optarem por continuarem a morar em suas respectivas casas, seja pela facilidade de locomoção até o local de trabalho, ou até mesmo pela dificuldade em abdicar de seu próprio espaço. A tal ponto que preferem não abrir mão de seus hábitos individuais e nem de poupar a intimidade do parceiro, se mantendo de fora de certas decisões diária do cônjuge.
     Dessa forma, os casamentos em que os cônjuges vivem em casas separadas pode ter ou não os mesmos preceitos dos casamentos tradicionais. Isto é, a responsabilidade cotidiana parece ser vivenciada separadamente pelos cônjuges. No entanto, o compromisso conjugal  parece ser o mesmo dos casais tradicionais. Assim, a fidelidade parece não estar em questão, ou seja, o fato de não estarem morando juntos, não implica que seja uma relação aberta.
     Contudo, é importante frisar que, a decisão de morar junto, ou não, deve ser tomada pelo casal, e não por apenas um dos cônjuges, pois só assim atenderá as demandas do casal, e não de apenas um dos parceiros. Uma vez que, quando isso acontece, a relação tende a se tornar fonte de frustrações para aquele que discorda com o caminho que a relação vem tomando e, é sabido que, quando a relação não é satisfatória para um dos cônjuges, dificilmente será satisfatória para o outro.

     Ψ Psicoterapia com casais que vivem em casas separadas: Alguns casais decidem viver em casas separadas mesmo que tenham oficializado a união conjugal. No entanto, o fato de não morarem juntos não quer dizer que a relação seja imune a problemas. Neste sentido a terapia de casal é valida também nestes casos, pois pode ajudar o casal a entender os seus problemas e a traçar as alternativas necessárias para a manutenção do vínculo conjugal.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Para refletir...



Borboletas
Autor: Mário Quintana

 Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.
 As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos  aqui para satisfazer as dela.
 Temos que nos bastar sempre, e quando procuramos estar com alguém temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar desse alguém.
 As pessoas não se precisam, elas se completam... Não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetos comuns, alegrias e vida.
 Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com a outra pessoa você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem ou a mulher de sua vida.
 Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente, a gostar de quem gosta de você.
 O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
 No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cumplicidade Conjugal


O que se pode observar é que, para um casal viver bem não basta que tenham apenas os mesmos objetivos de vida, é preciso mais do que isso. Além de ter um sonho em comum, é preciso transformá-lo em projeto, de tal forma que o casal precisa concordar não só com o objetivo final, mas também com a forma na qual ele será alcançado.
Neste contexto, a cumplicidade entre o casal é conquistada após muita convivência e superação de adversidades juntos. Assim, com a experiência conjugal adquirida, o casal tem a possibilidade de se tornarem cumplicies, isto é, de colaborarem e concordarem na realização de projetos em comum, o que certamente trará bem estar e tranquilidade para a relação conjugal. Sendo assim, a cumplicidade em si não se resume em ter sonhos convergentes, mais do que isso, exige troca, convivência e muita conversa entre o casal, para que seus planos atuais e futuros possam ir se encaixando na união conjugal.
       Ademais, a cumplicidade entre um casal pode ser observada ao passo em que existe um apoio mútuo também na realização dos projetos individuais de cada um. Assim, ter com quem contar e dividir suas dores, suas dúvidas, suas angústias e também suas conquistas e realizações, é um motivador nas relações conjugais de sucesso. Além do mais, ter cumplicidade é poder se abrir para o parceiro sem medo e desfrutar de uma conversa sincera, livre de julgamentos, mesmo quando não há plena concordância entre eles. Dessa forma, ser cúmplice é também respeitar o espaço e os limites do parceiro, acolhendo e apoiando o outro em suas decisões e projetos de vida. Uma vez que, a relação conjugal favorece não só os projetos de vida de casal, mas também as conquistas individuais e o crescimento pessoal.
      É nos momentos de convívio entre o casal que um vai percebendo o outro, descobrindo seus gostos e preferências, de tal modo que surge a possibilidade conhecer o parceiro e assim aprender a como conquistar um sim quando se há a possibilidade de um não. Esses pequenos ajustamentos entre o casal, bem como a flexibilidade de cada um é que colaboram então para a construção da cumplicidade e companheirismo conjugal. Vale ressaltar que, no início do relacionamento, na fase em que a paixão ainda se faz prevalente, não é difícil conceder aos desejos do outro, uma vez que a paixão e a vontade de estar sempre juntos acabam por ocultar discordâncias que futuramente podem vir a tona, afinal, os parceiros são pessoas diferentes e vieram de famílias distintas. Desse modo, a ausência de conflitos no início da relação não garante a cumplicidade, é preciso um esforço entre o casal para que possam alcançar a tão desejada cumplicidade, essencial para a preservação do afeto entre o casal e um cotidiano agradável.
       Sendo assim, é necessário que o casal tenha um tempo para se conhecerem, uma vez que, o encaixe nunca acontece de imediato, a não ser em situações de subserviência e dominação. No entanto, nesses casos não existe cumplicidade, mas sim obediência. E a submissão, não importa quais sejam os motivos que levaram a ela, nunca ocorre com satisfação de ambas as partes.   

  Ψ Cumplicidade em Psicoterapia: Para uma convivência saudável, é necessário que os membros do casal sejam cúmplices, de tal modo que possam ir administrando seus projetos de vida em acordo com o que é de interesse para ambas as partes. Dessa forma, quando os casais percebem a falta de cumplicidade entre eles, a psicoterapia pode ajudá-los a reverter essa situação, desde que ambos estejam de acordo com isso e se mostrem capazes de olhar para o outro, de forma que possam perceber o outro em seus desejos e angústias, para que assim possam ir construindo seus projetos de vida em comum, bem como seus projetos individuais, que quase sempre interferem na vida a dois.