terça-feira, 18 de junho de 2013

Vivendo em casas separadas


      Quando se fala em casamento, para a maioria das pessoas, vem logo a ideia de construir uma vida a dois e dividir um espaço em comum. No entanto, cônjuges vivendo em casas separadas é uma realidade cada vez mais frequente entre os casais. Mas, o que leva duas pessoas que oficializaram a união conjugal a optarem por viver em casas separadas?
      O que se pode observar é que para algumas pessoas, morar junto pode parecer ter mais desvantagens do que vantagens. Isto acontece porque muitas dessas pessoas já foram casadas anteriormente e avaliam que a rotina conjugal pode ser desgastante a longo prazo e, por medo de repetir os mesmos erros do relacionamento anterior, acabam por optar em não dividir o mesmo teto, mesmo reconhecendo os laços afetivos existente entre eles. 
   Além disso, nos casos de recasamento, alguns casais tentam evitar a troca de responsabilidade entre o casal com os demais membros da família. Desse modo, apostam no partilhamento apenas da parte positiva da relação, poupando a união dos possíveis fardos e encargos que possam surgir cotidianamente. No entanto, mesmo não compartilhando alguns problemas decorrentes da convivência diária, os casais que vivem em casa separadas precisam aprender exercitar e a resguardar o apoio mútuo existente entre o casal, apoiando o outro mesmo nas tomadas das decisões individuais, por outro lado, os projetos de vida a dois também devem ser preservados e renovados a cada etapa do casamento. Neste sentido, a ideia parece ser a de manter a qualidade de um relacionamento em tempos de namoro, bem como os benefícios desse período, em que o casal parece evitar os obstáculos de uma convivência diária de um casamento tradicional.  
      Ademais, existem outros motivos que levam os casais a optarem por continuarem a morar em suas respectivas casas, seja pela facilidade de locomoção até o local de trabalho, ou até mesmo pela dificuldade em abdicar de seu próprio espaço. A tal ponto que preferem não abrir mão de seus hábitos individuais e nem de poupar a intimidade do parceiro, se mantendo de fora de certas decisões diária do cônjuge.
     Dessa forma, os casamentos em que os cônjuges vivem em casas separadas pode ter ou não os mesmos preceitos dos casamentos tradicionais. Isto é, a responsabilidade cotidiana parece ser vivenciada separadamente pelos cônjuges. No entanto, o compromisso conjugal  parece ser o mesmo dos casais tradicionais. Assim, a fidelidade parece não estar em questão, ou seja, o fato de não estarem morando juntos, não implica que seja uma relação aberta.
     Contudo, é importante frisar que, a decisão de morar junto, ou não, deve ser tomada pelo casal, e não por apenas um dos cônjuges, pois só assim atenderá as demandas do casal, e não de apenas um dos parceiros. Uma vez que, quando isso acontece, a relação tende a se tornar fonte de frustrações para aquele que discorda com o caminho que a relação vem tomando e, é sabido que, quando a relação não é satisfatória para um dos cônjuges, dificilmente será satisfatória para o outro.

     Ψ Psicoterapia com casais que vivem em casas separadas: Alguns casais decidem viver em casas separadas mesmo que tenham oficializado a união conjugal. No entanto, o fato de não morarem juntos não quer dizer que a relação seja imune a problemas. Neste sentido a terapia de casal é valida também nestes casos, pois pode ajudar o casal a entender os seus problemas e a traçar as alternativas necessárias para a manutenção do vínculo conjugal.