quarta-feira, 28 de maio de 2014

Para refletir...



Encerrando ciclos
Autor: Fernando Pessoa

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos...
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já acabaram.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo.
Diga a si mesmo que o que passou jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo.
Nada é insubstituível.
Um hábito não é uma necessidade.
Encerrando ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba...
Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa em sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Quando um dia você decidir pôr um ponto final naquilo que já não te acrescenta, que você esteja bem certo disso, para que possa ir em frente, ir embora de vez.
Desapegar-se é renovar votos de esperança de si mesmo.
É dar-se uma nova oportunidade de construir uma nova história melhor.
Liberte-se de tudo aquilo que não tem te feito bem, daquilo que já não tem nenhum valor, e siga, siga novos rumos, desvende novos mundos.
A vida não espera.
O tempo não perdoa.
E a esperança, é sempre a última e lhe deixar.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Término de relacionamentos

    
      
      Terminar um relacionamento amoroso pode ser algo doloroso, principalmente quando uma das partes não deseja o fim. Por esse motivo, é comum nos depararmos com sentimentos de solidão, dor, angústia, tristeza, raiva e melancolia neste período, mas uma coisa é certa, esses sentimentos não duram para sempre, a menos que a pessoa decida não seguir com a vida adiante. Nestes casos, o que se pode perceber é que pessoas que se tornam muito dependentes do outro e assim de seus relacionamentos, frequentemente são pessoas com baixa autoestima, e daí a dificuldade em refazer seus planos.
       O que se pode observar é que, logo no início, a pessoa que não quer o rompimento, tenta de diversas formas reconquistar o amor perdido, afirmando que irá mudar e que tudo será diferente. No entanto, essas promessas de mudança só são válidas quando são reais. Isto, é quando a pessoa decide mudar por ela mesma, e não pelo outro. O que muitas vezes não acontece, pois a pessoa está tão misturada com a sua dor que não consegue ter clareza emocional, nem tao pouco consegue enxergar  que os erros foram cometidos a dois e não por apenas um dos parceiros, ainda que os erros de um sejam mais aparentes que do outro. Assim, as mudanças podem acontecer de imediato, mas elas não irão durar para sempre, de forma que rapidamente o casal tende a voltar a estaca zero. O que não quer dizer que os relacionamentos não possam ser reinventados e as crises superadas. Para isso, é preciso que ambos os parceiros consigam conversar e elaborar de forma clara quais foram os erros e acertos de cada um. Ou seja, os pontos fracos e as fortalezas da relação, bem como o que cada um dos parceiros está disposto a mudar e a flexibilizar. Só assim o casal terá condições de lidar com as brigas, superando a crise e reatando os vínculos conjugais de forma satisfatória para ambos os parceiros.
         Por outro lado, quando o casal não consegue mais encontrar motivações para estarem juntos, ou quando a incompatibilidade de projetos e as diferenças conjugais se tornam muito aparentes, a dissolução do vínculo pode se tornar inevitável, e assim acontece o rompimento. Neste contexto, é preciso que cada um dos parceiros possa elaborar o luto da perda da relação. O que significa que cada um deve, individualmente, procurar entender o que aconteceu com a relação, dividindo assim o peso e a culpa que cabe a cada um, para que um não carregue mais do que merece e nem saia sem o que lhe cabe. Esta reflexão proporciona um autoconhecimento e permite que a pessoa possa compreender para que entrou naquela relação, como entrou e como saiu dela. Bem como, o que espera de uma relação e de um parceiro, podendo assim ter crítica quanto às suas escolhas e a coerência delas. Feito isso, a pessoa está pronta para se perdoar, sabendo que os erros cometidos naquela relação não podem ser consertados, mas podem deixar de acontecer em um novo relacionamento, agora mais consciente de si e do que espera da relação.
      Do contrário, quando a pessoa não elabora o luto da perda da relação e entra imediatamente em uma nova relação, a tendência é de se buscar um parceiro com características semelhantes a do parceiro anterior e de entrar nesse novo relacionamento exatamente como saiu do anterior. O que normalmente acontece atrelado ao medo de sentir dor, assim a pessoa tampona suas dores com uma nova relação. No entanto, nada está resolvido, já que a substituição trará apenas uma falsa sensação de alívio, uma vez que o problema continua a existir e, mesmo que tenha sido colocado em plano de funfo, mais cedo ou mais tarde ele volta a aparecer. 
     Sendo assim, os términos de relacionamentos sempre são uma oportunidade de autoconhecimento e de mudança. Visto que, muitas vezes é o único momento em que a pessoa se mostra disposta a tentar entender o que vem acontecendo nos seus relacionamentos e avalia o que quer para si daqui para frente. Sendo assim, uma oportunidade de cuidar e fortalecer a si mesmo para ser capaz de entrar inteiro em uma nova relação.

   Ψ Términos de relacionamento em psicoterapia: É muito comum casais recorrerem à psicoterapia como um auxílio para resgatar a relação. Nestes casos, a psicoterapia deve ajudar o casal a identificarem as fortalezas e os pontos fracos da relação, de forma que as fortalezas devem ser reforçados e os pontos fracos flexibilizados. Por outro lado, quando já não existe mais o vínculo conjugal, a psicoterapia pode auxiliar a pessoa a elaborar o luto da perda da relação, reconhecendo não só suas deficiências, como também os seus acertos, para que possa buscar uma nova relação mais satisfatória e em acordo com suas expectativas e desejos de vida atuais.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Para refletir...




Quando me amei de verdade
Autora: Kim McMilen

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar certo, na hora certa e no momento exato.
Então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Autoestima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é... Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação, ou alguém, apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que pudesse me deixar pra baixo.
De início, minha razão chamou isso de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor Próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro e passei a fazer o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez.
Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Os Sonhos


      Apesar de nem sempre nos lembrarmos, todos nós sonhamos todas as noites. O que acontece é que, quando estamos em repouso, nosso consciente adormece e dá lugar para despertar o nosso inconsciente. Desse modo nossos desejos, frustrações, emoções e pensamentos que não foram liberados durante o dia são libertados durante o sonhos por nosso inconsciente. Sendo assim, os sonhos são representações do nosso inconsciente, se tratam de materiais que tentam emergir à consciência durante o sono, de tal modo que são dotados de imagens, sons e sentimentos que desencadeiam uma séria de sensações que se caracterizam pela raiz de nossas emoções diante determinado objeto. No entanto, nem sempre possuímos todos os recursos para lidar com tais materiais e, na falta deles, nosso inconsciente, trabalhando mais uma vez, faz com que esqueçamos do nosso sonho, uma vez que, lidar com ele pode ser difícil demais.
         Assim, os sonhos são manifestações do inconsciente e geralmente acontecem durante o sono leve (REM). E, do contrário do que muitos possam imaginar, os sonhos não possuem o mesmo significados para todos nós, de tal modo que têm um significado particular para quem o sonhou. Ou seja, cada um irá vivenciar e experienciar seus sonhos de maneiras singulares. O que se pode observar é que os sonhos sempre demonstram aspectos da vida emocional de uma pessoa e, é exatamente por este motivo que seus conteúdos são variados e não possuem o mesmo significados para todos nós. 
         Dessa forma, para entender o conteúdo de um sonho, é preciso conhecer o que os objetos e/ou situações desse sonho representam para a pessoa que o sonhou. Por isso, é importante entender não só o contato que o sonhador teve com determinado objeto e/ou situação, mas também a forma como ele lida  e se relaciona sentimentalmente com eles, bem como com as coisas em sua vida.
       Alguns sonhos podem ser entendidos ainda como a representação da realização de um desejo. Isto é, a realização dos nossos planos secretos, aqueles que por algum motivo não temos a coragem de revelar, de modo que permanecem ocultos no inconsciente, ou até mesmo aqueles que consideramos estarmos muito longe de alcançar. Assim, o inconsciente trabalha como uma ferramenta de compensação. Desse modo, através do sonho, além de estarmos realizando a frustração pelo desejo não realizado, estamos também visualizando novas oportunidades para a sua concretização, de modo que, ao acordamos, possamos trabalhar alguma mudança.
     Além disso, alguns sonhos nada mais são do que traduções de acontecimentos reais ocorridos durante o dia, é como se o nosso cérebro estivesse revivendo os acontecimentos importantes do dia e, que talvez, não tenhamos dado a devida importância. Ou ainda, alguns acontecimentos que nos marcaram de forma positiva ou negativa no decorrer daquele dia.
     O que se pode concluir então é que, os sonhos são nossos aliados na tentativa de trazer à consciência certos materiais e cargas emocionais que estão presos em nosso inconsciente. São projeções de imagens e sons que juntas formam situações capazes de nos proporcionar sensações, boas ou ruins, as quais, representam as raízes de certas emoções vivenciadas no nosso dia a dia e, muitas vezes podem ter significados bem diferentes do que imaginávamos ao acordar.

    Ψ Sonhos em Psicoterapia:  O estudo dos sonhos deve ser feito sempre acoplado ao dia a dia  e a história de vida do cliente, visto que, muitas vezes, pode parecer ser uma coisa, quando na verdade está ligado a uma outra questão que a princípio não teria nada a ver com o sonho. Assim, entender o conteúdo de um sonho significa penetrar nas emoções do cliente, pois estes podem ajudar a revelar emoções contidas e desejos ocultos dos clientes, bem como a forma como o cliente encara e vivencia emocionalmente determinado objeto e situações em sua vida. Dessa forma, os sonhos se mostram uma ferramenta importante para se descobrir a raiz de muitas emoções vivenciadas ao longo da vida de um sujeito, e que muitas vezes o próprio cliente ainda não tenha se dado conta disso.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Para refletir...



É Proibido
Autor: Pablo Neruda

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer,
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas, 
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.

É proibido não demostrar amor,
Fazer com que  alguém pague por suas dívidas
E mau-humor.

É proibido deixar os amigos,
Não tentar compreender o que viveram juntos,
Chamá-los somente quando necessita deles.

É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.

É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.

É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.

É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que a vida deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.

É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.

É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.