terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Para refletir...



Morrer Lentamente
Autor: Pablo Neruda

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo, quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar...

Morre lentamente quem se torna escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma nova cor, quem não conversa com quem não conhece...

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco", e "os pontos no is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos...

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho ou amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos...

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar. Estejamos vivos, então!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Bom Humor

             
          Sem dúvidas, o bom humor é uma qualidade atraente e uma atitude sábia, além de ser um dos maiores segredos para se viver bem. Um simples sorriso é capaz de aumentar a sensação de bem estar e energia, abrindo caminho para novas ideias e para decisões mais criativas, o que, além de melhorar a autoestima, pode melhorar também a saúde dos relacionamentos. Por esses motivos, vale a pena no dia a dia usar estratégias que facilitem o exercício do bom humor, pois, além de melhorias na qualidade de vida, traz também mudanças significativas na convivência conjugal.
            Ter bom humor pressupõe não levar a vida muito a sério, isto é, não trilhar o caminho da perfeição e das certezas, caminho este, na maioria das vezes árduo e difícil de ser seguido até o fim. Assim, ter bom humor exige o treino de estratégias mais ousadas, acrescentando meios mais alegres, divertidos e criativos de se viver.
          Cabe ressaltar que ter bom humor não significa agir com ironia. A ironia não é uma virtude, mas sim uma arma, é o representante do sarcasmo, do riso mau, o riso que fere. Enquanto o bom humor transmuta a alegria de viver e em lidar com as situações adversas da vida. Ter bom humor significa enxergar o lado bom das coisas, ter uma visão otimista do mundo. De tal modo que é possível tirar proveito de cada aprendizagem, reconhecendo cada uma de nossas conquistas, e não nos prendendo ao que não deu certo, ou ao que podia ter sido diferente.
            Mesmo que não houvessem tantos benefícios no bom humor, os efeitos do mau humor já seriam suficientes para justificar a busca incessante por motivos para se ficar feliz. O que se pode observar é que pessoas mau humoradas tendem a ser mais angustiadas, ansiosas e irritadas. Assim, acabam descontando nas pessoas próximas toda a sua irritabilidade e falta de humor e, quando percebem este mecanismo, geralmente, acabam se sentindo culpados, o que piora ainda mais o seu humor.
             No entanto, nem sempre é possível achar graça em tudo, em muitas situações a tristeza é inevitável, mas isso não é ruim, assim como a alegria, a tristeza faz parte do repertório de emoções naturais de qualquer ser humano. Comumente, a alegria está sempre presente nos momentos de comemoração, favorecendo a integração, enquanto a tristeza, normalmente, nos acomete em momentos de dificuldades e, por isso, é capaz de nos propiciar a introspecção e o amadurecimento.
             Dessa forma, se não é possível viver sem vivenciar a tristeza, é possível escolher se viver com mais alegria. Assim, o bom humor, acompanhado de um sorriso verdadeiro, podem ser valiosos para o equilíbrio de uma vida bem vivida e prazerosa. 

      Ψ Bom Humor e Psicoterapia: É muito comum as pessoas se prenderem aos momentos de infelicidade e dificuldades, não conseguindo reconhecer e nem valorizar as demais conquistas atingidas, usando dessas dificuldades como justificativas para tudo o que não está bom em suas vidas. Acontece que este comportamento serve apenas para manter o que não está bom, não ajudando em nada para solucionar tais problemas. Assim, em momentos que nos faltam bom humor para encarar a vida, a psicoterapia pode auxiliar para ajudar no reconhecimento de coisas boas, com as quais devemos realmente nos importar e valorizar no nosso cotidiano. Auxiliando ainda para que o indivíduo possa aprender a trabalhar e valorizar suas conquistas, reconhecendo seus potenciais e aprendendo assim a tirar proveito de cada dificuldade enfrentada.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Para refletir...


Alguns Ensinamentos
Autor: Dalai Lama

Dê mais às pessoas, mais do que elas esperam, e faça com alegria.
Decore seu poema favorito.
Não acredite em tudo que você ouve.
Quando disser "Eu te amo" olhe as pessoas nos olhos.
Fique noivo pelo menos seis meses antes de se casar.
Acredite em amor à primeira vista.
Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
Ame profundamente e com paixão. Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida completamente.
Em desentendimento, brigue de forma justa, não use palavrões.
Não julgue as pessoas pelos seus parentes.
Fale devagar, mas pense com rapidez.
Quando alguém perguntar algo que você não queira responder, sorria e pergunte: "Porque você quer saber?".
Lembre-se que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
Ligue para sua mãe.
Diga "saúde" quando alguém espirrar.
Quando você se der conta que cometeu um erro, tome as atitudes necessárias.
Quando você perder, não perca a lição.
Lembre-se dos três "Rs": Respeito por si próprio, respeito ao próximo e responsabilidade pelas suas ações.
Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
Sorria ao atender o telefone, a pessoa que estiver chamando ouvirá isso em sua voz.
Case com alguém que você goste de conversar. Ao envelhecerem suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.
Passe mais tempo sozinho.
Abra seus braços para as mudanças, mas não abra mão de seus valores.
Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.
Leia mais livros e assista menos TV.
Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e olhar para trás, você poderá aproveitá-las mais uma vez.
Confie em Deus, mas tranque o seu carro.
Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante. Faça tudo que puder para criar um lar tranquilo e com harmonia.
Em desentendimentos com entes queridos, enfoque a situação atual. Não fale do passado.
Leia o que está nas entrelinhas.
Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade.
Seja gentil com o planeta.
Reze. Há um poder incomensurável nisso.
Nunca interrompa enquanto estiver sendo elogiado.
Cuide da sua própria vida.
Não confie em alguém que não fecha os olhos enquanto beija.
Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.
Se você ganhar muito dinheiro, coloque-o a serviço de ajudar os outros, enquanto você for vivo. Esta é a maior satisfação da riqueza.
Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade de um pelo outro.
Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir.
Lembre-se de que seu caráter é seu destino.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Recasamento


          
          Atualmente, o que tem sido observado é que, mesmo com o gradativo aumento no número de casais divorciados, as pessoas parecem não ter desistido da união conjugal, e passam a assumir cada vez mais relacionamentos posteriores ao primeiro casamento. No entanto, antes de assumir um novo casamento é necessário que a pessoa tenha concretizado de fato o divórcio emocional do antigo parceiro, para que assim possa entrar numa nova relação e se comprometer em assumir uma nova família. Para tanto, é preciso que tenha se recuperado das perdas do primeiro casamento, aceitando os próprios medos e os medos naturais do novo cônjuge, que está prestes a entrar numa família já iniciada, com suas regras e relações já estabelecidas.
      Além disso, muitas crianças podem ter dificuldades em aceitar o fim do casamento dos pais e, consequentemente, a entrada de um deles, ou ambos, em uma nova relação conjugal, pois neste momento se deparam com a concretização do fim do casamento dos pais e da impossibilidade de reconciliação. Assim, é preciso que os filhos reconheçam que os pais têm direito de ser feliz e de tentar uma nova relação, e que a entrada de um novo parceiro na família não exclui a paternidade de um dos pais. Quando as crianças percebem que podem ter os dois pais, mesmo que não sejam mais casados, e mesmo que estes já estejam numa nova relação conjugal, fica mais fácil aceitar a nova estrutura familiar.    
    Assim, é importante que o novo casal fique atento aos medos e às dificuldades que os filhos podem ter em aceitar e se adaptar a esta nova estrutura familiar, de tal forma que o novo casal terá que aprender a respeitar e a lidar com tais dificuldades. No entanto, é preciso também que tomem cuidado para não abrir mão de suas necessidades e relacionamentos para agradar aos filhos. Por outro lado, forçar o contato com o novo parceiro, quando os filhos ainda se mostram resistentes, não parece ser uma boa saída, nem tampouco esconder o envolvimento até que os filhos se mostrem mais abertos para aceitar o novo relacionamento. Dessa forma, é indispensável aceitar a necessidade de tempo e paciência para se realizar os ajustamentos necessários para se organizar a nova estrutura familiar, os novos papéis, espaços e fronteiras entre os membros familiares.
  Além disso, o novo parceiro precisa avaliar se tem condições de fazer parte desta família. Principalmente se está em seu primeiro casamento e tem a ilusão de que está formando uma nova família, pois, ao relacionar-se com uma pessoa que já tem uma família, está entrando num sistema que já existe, que já tem suas histórias e regras.
  Sendo assim, para evitar maiores dificuldades de adaptação, é necessário que o novo casal tenha consciência de toda a complexidade desta nova união. Para que então possam juntos enfrentar e administrar os problemas, procurando se organizar e planejar a nova estrutura familiar que está para se formar.

  Ψ Recasamento e Psicoterapia: É comum as pessoas terem dificuldades em refazer suas vidas após o fim de um casamento, mas é necessário. Por todas as dificuldades que podem aparecer em decorrência deste processo, muitas famílias têm recorrido à psicoterapia como um auxílio. Neste contexto, a psicoterapia pode ajudar a família a se reorganizar e se adaptar a uma nova estrutura familiar, auxiliando os membros familiares a reconhecer seus novos papéis e aceitar que uma nova estrutura esteja sendo formada.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Para refletir...



O Menestrel
Autor: William Shakespeare

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitem escolher. 
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. 
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles controlarão você, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. 
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das únicas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha,
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas na vida são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demostrar ou viver isso. 
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar trás.
Portanto...plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende o que realmente pode suportar...que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas  vidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O Bom Divórcio


      Independente do casal, do motivo e do momento que aconteça, o processo do divórcio nunca é indolor. Mas, pode acontecer sem que se torne uma guerra entre o casal e sem que os filhos sejam usados como bala de fúsil.
       Os primeiros momentos após a separação são os mais dolorosos e difíceis. Pois é o momento de maiores mudanças, de novas regras de relacionamento entre o casal e pessoas próximas, bem como o momento de se traçar novos objetivos e projetos de vida. O divórcio traz a tona muita dor e sentimentos de fracasso em relação ao projeto da relação, no qual se investiu muito. Assim, cada um dos parceiros irá vivenciar momentos de solidão e medo de não ter com quem compartilhar planos futuros.
     Neste sentido, é importante que ambos os membros do ex-casal saibam vivenciar e trabalhar sua dores, para que possam elaborar o luto da perda da relação e seguir adiante. De tal modo que, após o período de crise, poderão reorganizar a relação com o ex-companheiro, sabendo que o papel de pai e mãe continua o mesmo, e é esta relação que deve ser preservada, pois, os filhos precisam e têm direito de ter os dois ao seu lado, cada um no seu devido papel. Ou seja, o que faliu foi a relação homem e mulher e não a relação pai e mãe, que deve permanecer ativa, inclusive como representante do respeito às coisas boas vivenciadas pelo casal. Para se ter um bom divórcio, é necessário então se construir uma nova relação, útil para todos.
     O que se pode observar é que essa clareza após o divórcio contribui para que o sentimento de fracasso pela relação seja amenizado, tornando o processo do divórcio mais tolerável e bem menos doloroso. Além disso, quando o ex-casal consegue estabelecer uma relação de parceria na criação dos filhos, estes são os maiores ganhadores, pois podem desfrutar de um convívio familiar sadio e contar com a presença de ambos os pais.

    Ψ  O Bom Divórcio e Psicoterapia: É comum as famílias recorrerem à psicoterapia em casos de divórcio, seja para que ele se efetive mais rapidamente e de forma menos dolorosa, seja para proteger os filhos do impacto da mudança, ou para preparar a família para a nova estrutura familiar. Independente do motivo inicial, a psicoterapia é válida para ajudar a família a se reestruturar e a trabalhar as fronteiras de contato entre cada um dos membros, principalmente a qualidade da relação entre o ex-casal, agora juntos apenas na função pai e mãe, e entre os filhos e o genitor que deixou o lar. Vale ressaltar que, a psicoterapia individual pode ser de grande auxílio para o ex-casal, que deve agora aprender a reorganizar sua vida e seus projetos individualmente, bem como trabalhar suas frustrações, o que inclui reconhecer seus erros e acertos na união conjugal, para que possa entrar inteiro numa próxima relação.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Idealizações Conjugais


         É comum os casais criarem fantasias em relação à união e assim construírem expectativas sobre o parceiro, acreditando que um dia, o outro se transformará naquilo que sempre esperou e desejou que fosse. No entanto, desejar que o parceiro seja o que não pode ser, ou que dê mais do que tem condições de dar, ou ainda, acreditar que todos os defeitos e as atitudes indesejáveis do parceiro irão sumir, magicamente, são alguns dos comportamentos que não constroem um bom relacionamento. Pois, ao se dar conta de que o parceiro não tem condições de mudar, como num passo de mágica, as expectativas acabam se transformando em cobranças e agressões, que não demoram para se transformam em  mágoas e decepções, que por sua vez se transformam em distanciamento.
     Vale ressaltar que fantasiar é algo natural nas relações conjugais, e não há problema nenhum nisso. O problema está na confusão que algumas pessoas cometem em confundir fantasia com realidade, criando expectativas irreais, das quais o parceiro não tem condições de corresponder. No entanto, quando o casal utiliza de suas fantasias com criatividade e espontaneidade, para enriquecer a relação, sabendo adaptá-las às condições reais do parceiro, elas podem impulsionar o desenvolvimento e crescimento da relação.
     Quando o casal se torna apto a reconhecer suas próprias fantasias e idealizações, está pronto para adequá-las à realidade do parceiro e da relação. Isto é, se tornam capazes de reorganizar suas expectativas irreais e ajudar o parceiro a desenvolver atitudes possíveis e viáveis.
      Para isso, é preciso que o casal se dê conta de que não é possível transformar o outro naquilo que gostaríamos que fosse. E entenda que a tarefa de mudar é de cada um, que é com o próprio esforço que irá conseguir realizar algumas mudanças, e que só as suas próprias mudanças são capazes de tocar o outro para que ele também entre num processo de mudanças conjuntas. Assim, esperar que as mudanças partam sempre do parceiro não ajuda para que elas de fato aconteçam, pois, é a partir da clareza de suas próprias dificuldades que as pessoas podem mudar seu padrão de relacionamento e, assim mudar seu parceiro.

    Ψ Idealizações Conjugais e Psicoterapia: Muitas vezes os desejos impossíveis em relação ao parceiro e à união conjugal se transformam em fantasias, que se transformam em expectativas, que então virão frustrações que se transformam em mágoas. Neste momento muitos casais recorrem à psicoterapia, que pode auxiliar para que o casal reconheça suas frustrações e expectativas irreais em relação ao parceiro e aprenda a adequá-las às suas reais condições. Além de trabalhar para que o casal alcance o aprendizado necessário para que possam aprender a conviver com suas diferenças, aceitando o parceiro como é, aprendendo assim a driblar seus defeitos e a reconhecer e valorizar as qualidades do outro. Dessa forma, a psicoterapia pode ajudar os casais a avaliarem o que está bom e o que precisa ser mudado para que o vínculo conjugal seja preservado.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Para refletir...


Viver
Autora: Susana Carizza

Impossível atravessar a vida...
Sem que um trabalho saia mal feito.
Sem que uma amizade cause decepção.
Sem padecer com alguma doença.
Sem que um amor nos abandone.
Sem que ninguém da família morra.
Sem que a gente se engane com um negócio.

Este é o custo de viver.
O importante não é o que acontece.
Mas como você reage.

Você cresce quando não perde a esperança, nem diminui a vontade, nem perde a fé.
Quando aceita a realidade e tem orgulho de vivê-la.
Quando aceita seu destino, mas tem garra para mudá-lo.
Quando aceita o que deixa para trás, construindo o que tem pela frente e planejando o que está por vir.

Cresce quando supera, se valoriza e sabe dar frutos.
Cresce quando abre caminho,
Assimila experiências...
E semeia raízes...

Cresce quando se impõe metas.
Sem se importar com comentários.

Cresce quando é forte de carácter.
Sustentado por sua formação.
Sensível por temperamento...
E humano por nascimento!

Cresce ajudando seus semelhantes.
Conhecendo a si mesmo e
Dando à vida mais do que recebe.

E assim cresce...