domingo, 23 de junho de 2013

Para refletir...



Tudo depende de mim
Autor: Charles Chaplin

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo...
Ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro...
Ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças,
Evitando desperdício.
Posso reclamar sobre a saúde...
Ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais,
Por não terem me dado tudo o que queria...
Ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar...
Ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com as tarefas da casa...
Ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos...
Ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saírem como planejei,
Posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando
Para ser o que quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Vivendo em casas separadas


      Quando se fala em casamento, para a maioria das pessoas, vem logo a ideia de construir uma vida a dois e dividir um espaço em comum. No entanto, cônjuges vivendo em casas separadas é uma realidade cada vez mais frequente entre os casais. Mas, o que leva duas pessoas que oficializaram a união conjugal a optarem por viver em casas separadas?
      O que se pode observar é que para algumas pessoas, morar junto pode parecer ter mais desvantagens do que vantagens. Isto acontece porque muitas dessas pessoas já foram casadas anteriormente e avaliam que a rotina conjugal pode ser desgastante a longo prazo e, por medo de repetir os mesmos erros do relacionamento anterior, acabam por optar em não dividir o mesmo teto, mesmo reconhecendo os laços afetivos existente entre eles. 
   Além disso, nos casos de recasamento, alguns casais tentam evitar a troca de responsabilidade entre o casal com os demais membros da família. Desse modo, apostam no partilhamento apenas da parte positiva da relação, poupando a união dos possíveis fardos e encargos que possam surgir cotidianamente. No entanto, mesmo não compartilhando alguns problemas decorrentes da convivência diária, os casais que vivem em casa separadas precisam aprender exercitar e a resguardar o apoio mútuo existente entre o casal, apoiando o outro mesmo nas tomadas das decisões individuais, por outro lado, os projetos de vida a dois também devem ser preservados e renovados a cada etapa do casamento. Neste sentido, a ideia parece ser a de manter a qualidade de um relacionamento em tempos de namoro, bem como os benefícios desse período, em que o casal parece evitar os obstáculos de uma convivência diária de um casamento tradicional.  
      Ademais, existem outros motivos que levam os casais a optarem por continuarem a morar em suas respectivas casas, seja pela facilidade de locomoção até o local de trabalho, ou até mesmo pela dificuldade em abdicar de seu próprio espaço. A tal ponto que preferem não abrir mão de seus hábitos individuais e nem de poupar a intimidade do parceiro, se mantendo de fora de certas decisões diária do cônjuge.
     Dessa forma, os casamentos em que os cônjuges vivem em casas separadas pode ter ou não os mesmos preceitos dos casamentos tradicionais. Isto é, a responsabilidade cotidiana parece ser vivenciada separadamente pelos cônjuges. No entanto, o compromisso conjugal  parece ser o mesmo dos casais tradicionais. Assim, a fidelidade parece não estar em questão, ou seja, o fato de não estarem morando juntos, não implica que seja uma relação aberta.
     Contudo, é importante frisar que, a decisão de morar junto, ou não, deve ser tomada pelo casal, e não por apenas um dos cônjuges, pois só assim atenderá as demandas do casal, e não de apenas um dos parceiros. Uma vez que, quando isso acontece, a relação tende a se tornar fonte de frustrações para aquele que discorda com o caminho que a relação vem tomando e, é sabido que, quando a relação não é satisfatória para um dos cônjuges, dificilmente será satisfatória para o outro.

     Ψ Psicoterapia com casais que vivem em casas separadas: Alguns casais decidem viver em casas separadas mesmo que tenham oficializado a união conjugal. No entanto, o fato de não morarem juntos não quer dizer que a relação seja imune a problemas. Neste sentido a terapia de casal é valida também nestes casos, pois pode ajudar o casal a entender os seus problemas e a traçar as alternativas necessárias para a manutenção do vínculo conjugal.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Para refletir...



Borboletas
Autor: Mário Quintana

 Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.
 As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos  aqui para satisfazer as dela.
 Temos que nos bastar sempre, e quando procuramos estar com alguém temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar desse alguém.
 As pessoas não se precisam, elas se completam... Não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetos comuns, alegrias e vida.
 Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com a outra pessoa você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem ou a mulher de sua vida.
 Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente, a gostar de quem gosta de você.
 O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
 No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cumplicidade Conjugal


O que se pode observar é que, para um casal viver bem não basta que tenham apenas os mesmos objetivos de vida, é preciso mais do que isso. Além de ter um sonho em comum, é preciso transformá-lo em projeto, de tal forma que o casal precisa concordar não só com o objetivo final, mas também com a forma na qual ele será alcançado.
Neste contexto, a cumplicidade entre o casal é conquistada após muita convivência e superação de adversidades juntos. Assim, com a experiência conjugal adquirida, o casal tem a possibilidade de se tornarem cumplicies, isto é, de colaborarem e concordarem na realização de projetos em comum, o que certamente trará bem estar e tranquilidade para a relação conjugal. Sendo assim, a cumplicidade em si não se resume em ter sonhos convergentes, mais do que isso, exige troca, convivência e muita conversa entre o casal, para que seus planos atuais e futuros possam ir se encaixando na união conjugal.
       Ademais, a cumplicidade entre um casal pode ser observada ao passo em que existe um apoio mútuo também na realização dos projetos individuais de cada um. Assim, ter com quem contar e dividir suas dores, suas dúvidas, suas angústias e também suas conquistas e realizações, é um motivador nas relações conjugais de sucesso. Além do mais, ter cumplicidade é poder se abrir para o parceiro sem medo e desfrutar de uma conversa sincera, livre de julgamentos, mesmo quando não há plena concordância entre eles. Dessa forma, ser cúmplice é também respeitar o espaço e os limites do parceiro, acolhendo e apoiando o outro em suas decisões e projetos de vida. Uma vez que, a relação conjugal favorece não só os projetos de vida de casal, mas também as conquistas individuais e o crescimento pessoal.
      É nos momentos de convívio entre o casal que um vai percebendo o outro, descobrindo seus gostos e preferências, de tal modo que surge a possibilidade conhecer o parceiro e assim aprender a como conquistar um sim quando se há a possibilidade de um não. Esses pequenos ajustamentos entre o casal, bem como a flexibilidade de cada um é que colaboram então para a construção da cumplicidade e companheirismo conjugal. Vale ressaltar que, no início do relacionamento, na fase em que a paixão ainda se faz prevalente, não é difícil conceder aos desejos do outro, uma vez que a paixão e a vontade de estar sempre juntos acabam por ocultar discordâncias que futuramente podem vir a tona, afinal, os parceiros são pessoas diferentes e vieram de famílias distintas. Desse modo, a ausência de conflitos no início da relação não garante a cumplicidade, é preciso um esforço entre o casal para que possam alcançar a tão desejada cumplicidade, essencial para a preservação do afeto entre o casal e um cotidiano agradável.
       Sendo assim, é necessário que o casal tenha um tempo para se conhecerem, uma vez que, o encaixe nunca acontece de imediato, a não ser em situações de subserviência e dominação. No entanto, nesses casos não existe cumplicidade, mas sim obediência. E a submissão, não importa quais sejam os motivos que levaram a ela, nunca ocorre com satisfação de ambas as partes.   

  Ψ Cumplicidade em Psicoterapia: Para uma convivência saudável, é necessário que os membros do casal sejam cúmplices, de tal modo que possam ir administrando seus projetos de vida em acordo com o que é de interesse para ambas as partes. Dessa forma, quando os casais percebem a falta de cumplicidade entre eles, a psicoterapia pode ajudá-los a reverter essa situação, desde que ambos estejam de acordo com isso e se mostrem capazes de olhar para o outro, de forma que possam perceber o outro em seus desejos e angústias, para que assim possam ir construindo seus projetos de vida em comum, bem como seus projetos individuais, que quase sempre interferem na vida a dois.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Para refletir...


Não se contente
Autor: Steve Jobs

    Você tem que encontrar o que você gosta. E isso é verdade tanto para o seu trabalho quanto para seus companheiros.
  Seu trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida, e a única maneira de estar verdadeiramente satisfeito é fazendo aquilo que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é fazendo o que se ama fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se contente.
   Assim como as coisas do coração, você saberá quando encontrar. E, como qualquer ótimo relacionamento, fica melhor e melhor com o passar dos anos. Então continue procurando e você vai encontrar. Não se contente.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cirurgia Bariátrica


        A cirurgia bariátrica, também conhecida como cirurgia de redução de estômago, é um procedimento que visa promover a perda de peso de forma rápida e eficaz e, por este motivo, tem sido considerada um dos métodos mais eficientes no tratamento da obesidade mórbida. No entanto, consiste em um processo complexo e que exige muitos cuidados por parte do paciente, que precisa estar ciente não só dos benefícios esperados, como também do processo de mudanças que terá que enfrentar. 
         Pela rapidez na perda de peso, o que se pode observar é que muitos pacientes recorrem à intervenção cirúrgica antes mesmo de tentar outras alternativas para emagrecer, o que pode denotar sua dificuldade em realizar esforços. por outro lado, existem aqueles que já tentaram de tudo para emagrecer, mas não obtiveram êxito. Contudo, o que é comum em quase todos os casos é que, os pacientes tendem a imaginar, erroneamente, que toda a sua vida irá mudar após a cirurgia, de tal modo que, junto do peso, está eliminando também todos os seus problemas e dificuldades. No entanto, o processo não é tão simples assim, uma vez que, após a cirurgia o paciente será exatamente a mesma pessoa, apenas com uma pequena mudança física, desse modo, para mudanças mais profundas, é preciso se percorrer todo um processo. Assim, após a intervenção cirúrgica, é preciso que o paciente realize mudanças não apenas em seus hábitos alimentares, mas também sociais e comportamentais. Por este motivo, o acompanhamento psicológico é aconselhável em todas as fases do processo, uma vez que o ato cirúrgico, por si só, não é suficiente para mudar hábitos instalados há anos.
       Vale ressaltar que, para muitos, a disposição genética tem sido apontada como o fator que mais contribui para o ganho excessivo de peso. No entanto, o que se pode  perceber é que o grande vilão da obesidade não são os fatores genéticos, mas sim o estilo de vida do paciente. Desse modo, o momento em que o paciente começou a ganhar peso, a forma como isso aconteceu, e a forma como lida com a sua alimentação, com o seu corpo e sua imagem corporal, bem como as expectativas em relação à realização da cirurgia e as possíveis mudanças que espera alcançar em sua vida no pós-operatório, são de suma importância no tratamento da obesidade. 
     Cabe ressaltar que, a grande maioria dos pacientes procuram o acompanhamento psicológico apenas no período pré-operatório, tendo em vista as exigências médicas para a realização da cirurgia, abandonando posteriormente o tratamento. No entanto, o pós-cirúrgico é um dos momentos mais delicados, pois é a fase em que exige maior adaptação e sacrifícios por parte do paciente, uma vez que, além de ser o período de recuperação da intervenção cirúrgica, e por isso de maior desconforto, é também o período de maior expectativas, ansiedades e inseguranças quanto à "nova" vida. Além disso, é neste momento também que começam as adaptações relacionadas aos novos hábitos alimentares, bem como às mudanças do próprio corpo, que podem fazer emergir questões emocionais.
       Sendo assim, quando o paciente não se encontra em acompanhamento psicoterapêutico, o pós-cirúrgico pode ser bem mais complicado, pois o paciente corre o risco de substituir a compulsão por comida por outra compulsão, tais como, pelo álcool ou por compras. Além disso, existe ainda o risco do paciente entrar em depressão ou cortar suas relações pessoais, justamente pela dificuldade em lidar com sua nova imagem corporal. Isto pode acontecer quando se dão conta de que emagrecer não resolve todos os seus problemas pessoais e, que os novos hábitos de vida exigem  muitos esforços. 
Antes de entrar numa sala de cirurgia e se submeter a uma intervenção tão invasiva quanto a redução de estômago, é preciso então que o paciente esteja ciente das mudanças significativas que irá atravessar. Dessa forma, quando o paciente toma a decisão de se submeter à cirurgia bariátrica, é preciso que esteja consciente de que o sucesso da cirurgia está em suas mãos, de tal modo que ele é responsável por realizar mudanças em seus hábitos alimentares, por praticar atividades físicas, bem como por promover seu próprio bem estar emocional. Do contrário, o paciente pode recuperar o peso perdido e com ele a carga emocional do peso carregado, o que pode levar à diversas cobranças e frustrações. 
       
      Ψ Cirurgia Bariátrica e Psicoterapia: A Psicoterapia é um recurso utilizado para auxiliar o paciente tanto no período pré-operatório, quanto no pós-operatório. Antes da cirurgia, o paciente precisa estar apto emocionalmente para realizar o ato cirúrgico, bem como preparado para enfrentar todas as mudanças que irá atravessar neste processo. Além disso, a psicoterapia auxilia para que o paciente tenha condições de perceber a amplitude do processo no qual irá se submeter, para que assim possa tomar decisões mais conscientes e em acordo com suas necessidades e condições pessoais. É fundamental ainda que o paciente saiba adaptar as fantasias de como será sua vida após a cirurgia com suas reais condições. Já no pós-operatório, a psicoterapia é fundamental para que o paciente possa se adequar às suas novas condições de vida e agir de acordo com elas, promovendo as mudanças desejas.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Para refletir...



Pequena parcela
Autor: Chico Xavier

Que eu continue a acreditar no outro,
Mesmo sabendo de alguns valores esquisitos que permeiam o mundo.
Que eu continue otimista,
Mesmo sabendo que o futuro que nos espera nem sempre é tão alegre.
Que eu continue com vontade de viver,
Mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida.
Que eu permaneça com vontade de ter grandes amigos,
Mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles vão indo embora de nossas vidas.
Que eu realimente sempre a vontade de ajudar as pessoas,
Mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar essa ajuda.
Que eu mantenha meu equilíbrio,
Mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo escurecem meus olhos.
Que eu exteriorize a vontade de amar,
Entendo que amar não é sentimento de posse, é sentimento de doação. 
Que eu realimente a minha garra,
Mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes tão fortes quanto o sucesso e a alegria.
Que eu atenda sempre mais à minha intuição, 
Que sinaliza o que de mais autêntico eu possuo.
Que eu pratique mais o sentido de justiça,
Mesmo em meio à turbulência dos interesses.
Que eu manifeste amor pela minha família,
Mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito para manter sua harmonia.
Que eu acalente a vontade de ser grande,
Mesmo sabendo que minha parcela de contribuição no mundo é pequena.
E, acima de tudo...
Que eu lembre sempre que todos nós fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida, criada por alguém bem superior a todos nós!
E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e sim, nas pequenas parcelas cotidianas de todos nós!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Diferenças Conjugais


     É sabido que todos os casais têm suas diferenças. Algumas destas diferenças se referem apenas a questões de gênero, isto porque, homens e mulheres têm formas distintas de lidar com as situações. Entretanto, outras questões se referem a questões pessoais, e estas devem ser observadas com mais atenção, pois são elas que ajudam o casal a compreender o que os une e o que pode os separar.
       No entanto, o mais importante não são as diferenças em si, mas a forma como o casal irá lidar com elas. Uma vez que, ao perceber as diferenças existentes entre eles, o casal pode utilizá-las como uma oportunidade de enriquecimento da relação, ao invés de usá-las como competição ou outra forma destrutiva. 
    O que se pode observar é que a forma como cada um irá lidar com as adversidades é uma questão que está enraizada em cada um, e depende, em grande parte, da formação e das informações que tiveram em sua família de origem, bem como o exemplo que tiveram nos pais enquanto casal. Isto é, tudo aquilo que a pessoa aprendeu na convivência com os pais vai interferir na sua relação de casal. Assim, a forma como cada cônjuge vai encarar a relação e enxergar o parceiro vai depender, e muito, da forma como aprendeu na relação com o casal parental, interferindo ainda em definições de como são ou devem ser as relações entre um homem e uma mulher, um parceiro e sua parceira, bem como entre amado e amante.
      Sendo assim, cada pessoa trará para a relação conjugal suas referências e experiências ligadas ao tema casal, bem como suas formas de lidar com situações de adversidade. Vale frisar que a relação conjugal é justamente o lugar onde a pessoa mais aprende a flexibilizar suas raízes e a criar novos modos de interagir com o outro. No entanto, quando o casal não aprende a criar suas próprias formas de se relacionar, e se mantém presos aos modelos parentais, o que se pode observar é que o casamento pode acabar virando um cabo de guerra, onde cada um tente a impor seus referenciais, de tal modo que o descrédito dado aos referenciais do parceiro podem acabar se transformando em frustrações e distanciamento entre o casal. Dessa forma, é preciso que o casal aprenda a imprimir na relação o que é próprio do casal, equilibrando os referenciais de cada um, validando o que de mais sensato existe entre eles e assim, eliminando o que não se encaixa na relação, uma vez que, o que serve para um casal, muitas vezes não tem serventia alguma para outros.

    Ψ Diferenças Conjugais em Psicoterapia: Muitos casais apresentam sérias dificuldades em se adaptar ao parceiro e assim à união conjugal, de tal modo que não conseguem enxergar as necessidades e os referenciais do parceiro. Assim, a psicoterapia de casal pode auxiliar para que o casal aprenda a enxergar o outro e assim entender seu mecanismo de funcionamento, para que assim possam driblar essas diferenças e criar um referencial que seja do casal, e não apenas a junção de dois referenciais destintos, que por vezes podem não se encaixar. na relação conjugal

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Para refletir...



A Melhor Versão de Nós Mesmos
Autora: Martha Medeiros

     Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. Outros são limitantes e inférteis. Infelizmente há de ambos os tipos. Mas o que será que identifica um amor como saudável e o outro como doentio? 
         Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores. Mas não são. E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. Qual a versão que prevalece? A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior.
       Que reações imprevistas o seu amor desperta em você? Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes. Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames. O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos. Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada. O amor que nos serve e nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Perdoar


        A capacidade de perdoar é uma das características que podem indicar o amadurecimento, além de ser um ingrediente fundamental para se ter um bom relacionamento. No entanto, perdoar não é uma questão simples e muito menos fácil, para conseguir alcançá-lo é necessário acabar com as idealizações que se tem do parceiro e aceitá-lo como é, inclusive com seus defeitos. As idealizações levam as pessoas a esperar que o outro tenha comportamentos que muitas vezes, ou na maioria delas, não tem condições de ter, o que inevitavelmente irá desencadear em decepções, frustrações, mágoas e tristezas, que impendem o treinamento do perdão.
     Sendo assim, treinar a capacidade de perdoar implica em abrir mão das idealizações de se ter um parceiro perfeito e aceitar que o outro irá errar e te decepcionar sim. Isso porque as pessoas são diferentes e têm formas diferentes de encarar a vida, mas isso não quer dizer que a relação não irá sobreviver, ou será sempre uma fonte de mágoas e ressentimentos. Pelo contrário, a relação é o lugar onde as pessoas têm mais condições de amadurecer e crescer, de tal modo que a capacidade de treinar o perdão é justamente uma das características que apontam para isso, que são pessoas maduras se relacionando e aceitando as diferenças inevitáveis que irão aparecer ao longo da relação.
     No entanto, para se perdoar é preciso dar tempo ao tempo. Isto é, dar tempo para a raiva passar, para as feridas se fecharem e para que haja uma adaptação de um parceiro ao outro, e também para se aceitar e aprender a lidar com suas imperfeições. Assim, a relação conjugal é sempre marcada por erros e acertos, e para que o casal possa ir construindo uma realidade comum, é preciso que aprendam a lidar com as intercorrências rotineiras e com as dificuldades características de cada casal, de tal modo que possam se perdoar, driblando suas diferenças e aprendendo a valorizar o que o outro e a relação têm de melhor. Desse modo, a base do perdão é a compreensão, pois quando se compreende que o outro não é perfeito é sim possível se alcançar o perdão. 
     Cabe ressaltar que, pedir perdão a alguém o qual se magoou, vai muito além do pedido de desculpas. Isso porque pedir perdão implica em assumir a responsabilidade pelo erro e pela dor do outro, assim, está pedindo para que o outro perdoe suas falhas. Enquanto que o pedido de desculpas não vem acompanhado pelo reconhecimento de tal responsabilidade, uma vez que, ao pedir desculpas, a pessoa está se isentando de seu erro, pois acredita que não teve a intenção de causar aquela dor.
    Além disso, o que se tem observado é que a pessoa que não consegue pedir perdão tende a se ressentir a cada vez que olha para a pessoa que magoou, pois se depara o tempo todo com a dor que causou e que não foi perdoada. Assim, a própria pessoa não consegue se perdoar pelo seu erro e por sua incapacidade de pedir perdão, o que dificulta ainda mais o treinamento do perdão, fazendo com que ambos os parceiros fiquem ressentidos por um longo período de tempo.
          
   Ψ Perdoar e Psicoterapia: Alguns casais recorrem à psicoterapia quando estão muito ressentidos um com o outro e com sérias dificuldades em se perdoar e aceitar suas diferenças. Nestes casos, a psicoterapia pode ser útil para ajudar o casal a trabalhar suas diferenças e se aceitarem mutuamente, mesmo com todas as suas diferenças e imperfeições, trabalhando inclusive as idealizações que foram depositadas ao longo da relação e foram se tornando fonte de frustrações e decepções.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Para refletir...


Mude
Autor: Edson Marques

Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa, mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua, depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observado com atenção aos lugares que você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas, dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama... depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde, durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia, numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia, o novo lado, o novo médico, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida.
Compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde, ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental...
Tome banho em vários horários
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas.
Troque de carro.
Compre novos óculos.
Escreva outras poesias.
Jogue fora os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invete-as, seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível, sem destino.
Experimente novas coisas.
Troque novamente.
Mude de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores, e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso que importa, o mais importante é a mudança, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!
A salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!

segunda-feira, 25 de março de 2013

Amor X Paixão

   
    O senso comum define o amor como algo duradouro, que é construído a partir da convivência, da admiração e da superação das dificuldades juntos. Enquanto a paixão seria algo mais efêmero, impetuoso e avassalador.
     A paixão se deriva de um momento de descobertas entre os casais, faz parte do momento inicial em que o casal está se conhecendo. Momento este que é marcado por idealizações de ambas as partes, além de ser o momento em que se tenta mostrar ao outro apenas aquilo que se tem de melhor, de tal modo que o outro só consegue enxergar o que é bom no parceiro. A duração da paixão irá variar então de acordo com cada casal e dos esforços de cada um em se apresentar sempre belo aos olhos do parceiro. Assim, a paixão tende a durar mais naqueles relacionamentos em que os membros do casal se esforçam mais e mais para revelar apenas as características que agradem ao outro. Para tanto, é necessário um esforço para manter os dados da realidade fora do ângulo da relação. 
     Por outro lado, o amor parte de dados reais. Isto é, o amor acontece quando a pessoa toma consciência não só das qualidades do parceiro, mas também de seus defeitos, passando a conviver com eles e a valorizar o que o outro tem de bom. Assim, o amor faz despertar no outro aquilo que ele tem de melhor, é crescer junto, tem haver com respeito, admiração e querer bem.
   Neste sentido, com o tempo e a concretização da união conjugal, a paixão pode se transformar em amor. No entanto, essa transição envolve o desenvolvimento e amadurecimento de muitos aspectos, dentre eles, a forma como o casal irá lidar com a realidade de cada um e da relação, bem como com as frustrações e com os defeitos do parceiro. Para isso, é preciso aprender a valorizar o que o outro e a relação têm de melhor, ao mesmo tempo em que aja um esforço conjunto para neutralizar o que se tem de pior. Entretanto, para alguns casais, a relação pode acabar antes que a paixão se transforme em amor. Isto acontece quando o relacionamento não tem energia e nem força para continuar após o período imperioso da paixão, ou seja, quando não resta ao casal motivações suficientes para investir na continuidade e transformação da relação.
       O que se pode observar então é que, em muitos casos, o amor é justamente a evolução da paixão. Assim, cabe ressaltar que a intensidade da paixão tem a ver com a força e o motivo da atração inicial. Além disso, a possibilidade de se apaixonar depende da disponibilidade da pessoa em correr riscos, em se entregar. De tal modo que a ausência de paixão na vida de uma pessoa pode sinalizar seu nível de controle e seu funcionamento estritamente racional. Enquanto o excesso ou facilidade em se apaixonar pode delatar uma baixa autoestima e uma fantasia de que o afeto e a segurança vêm de alguém. O que faz com que esta pessoa se mantenha sempre disponível para novas paixões, pois acredita que o outro irá lhe completar, de tal modo que alcançará a tão desejada segurança e afeto.

     Ψ Amor X Paixão em Psicoterapia: Alguns casais, por razões diversas, podem se sentir desmotivamos a investir na  relação e na transformação da paixão em amor. Neste sentido, a psicoterapia de casal pode auxiliar para que o casal possa renovar a união e a paixão existente entre eles. Para isso, é importante que aprendam a reconhecer e valorizar o outro naquilo que ele tem de bom, ao mesmo tempo que possam neutralizar suas diferenças. Cabe ressaltar que o exercício do amor é trabalhoso, mas se for enriquecido constantemente pelo casal, pode ser fonte de realizações, bem estar e prazer.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Para refletir...


Revanche
Chico Xavier

Uma mágoa não é motivo para outra mágoa.
Uma lágrima não é motivo para outra lágrima.
Uma dor não é motivo para outra dor.
Só o riso, o amor e o prazer merecem revanche.
O resto, mais que perda de tempo... 
É perda de vida!

quarta-feira, 20 de março de 2013

A Raiva


    A raiva é uma das emoções básicas do ser humano. No entanto, enraivecer-se e expressar essa raiva com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa e principalmente, pelo motivo certo, não é nada fácil. O que podemos observar é que, para muitas pessoas, expressar sua raiva implica na perda do amor, entretanto, não se dão conta que reprimi-la pode ter o mesmo efeito.
     Com a raiva reprimida, o rancor pelo outro acaba sendo armazenado e nutrido a cada nova desavença, ou seja, a cada crítica, a cada injustiça e cada vez que aquilo que o outro disser causar dor. Dessa forma, os sentimentos negativos que vão se acumulando e que estão diretamente relacionadas ao outro acabam impedindo o relacionamento, fazendo ainda com que a pessoa venha a explodir a qualquer momento, ainda que diante um motivo pouco importante.
    Neste sentido, quando a pessoa acaba expressando sua raiva de maneira inadequada, e diante um estímulo que parece ser pequeno demais, pode acabar criando uma situação de distanciamento, mágoas e incompreensão. O que a coloca num mecanismo repetitivo de dores, contensão e explosão, como novas dores, mais contensão e uma nova explosão! Que por sua vez implicam e mais mágoas e incompreensão, que podem levar ao rompimento da relação.
      Assim sendo, a melhor forma de lidar com a raiva é expressá-la imediatamente, quando ela ainda é bem pequena e pode ser expressada francamente e na medida certa. Dessa forma, abre um espaço para que essa raiva seja cessada naquele momento, uma vez que, o casal tem a oportunidade de conversar sobre o ocorrido, de tal modo que um pode ajudar o outro a ter consciência e controle da expressão da sua emoção. Além de poderem combinar entre si o que fazer quando se sentirem tomados pela raiva, controlando aquela energia negativa de forma a fortalecer a relação, impedindo assim que esta emoção se transforme em rancor e os acompanhe nas demais desavenças.

   Ψ  A Raiva em Psicoterapia: Muitos casais não sabem lidar com a raiva que lhes acomete em algumas desavenças, enquanto uns expressam sua raiva de maneira exagerada, outros omitem essa emoção. No entanto, ambos os mecanismos podem ser destrutivos em uma relação conjugal. Assim, a psicoterapia pode ajudar o casal a reconhecer os malefícios desses comportamentos, bem como auxiliar para que o casal aprenda a reconhecer essa emoção e a lidar com ela de forma condizente com a situação. Ou seja, sabendo expressá-la de forma adequada e no momento certo, para que assim sejam capazes de controlá-la e de seguir em frente sem mágoas e ressentimentos.

sábado, 16 de março de 2013

Para refletir...



O amor
Autora: Cecília Meireles

O amor...
É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois.
E nunca desistir da busca de ser feliz.
É para poucos!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Sexo e Relacionamento



    O que tem sido observado é que, quando a vida sexual do casal não vai bem, faltará entre eles uma conexão que os ajude a se manterem juntos no momentos de adversidade. Isto porque as divergências, bem como muitos dos sentimentos não expressos durante o dia, acabam indo para a cama como disfunção sexual. Desse modo, quanto mais dificuldades sexuais um casal tiver, mais dificuldades relacionais, desencontros e desacertos o casal tenderá a apresentar, o que aumentará a mágoa e os sentimentos de solidão e rejeição, que por sua vez, acabam por distanciar os parceiros e aumentar suas dificuldades sexuais. 
   Assim, dificuldades sexuais, muitas vezes revelam dificuldades relacionais escondidas. De tal modo que o casal parece viver em um círculo vicioso que tende cada vez mais a aumentar o distanciamento entre eles.  Isto é, as frustrações muitas vezes acabam virando raiva, que quase sempre significa em ressentimentos com o parceiro, o que não contribui em nada para uma vida sexual saudável, que por sua vez, pode gerar mais frustrações entre os parceiros. Assim, o casal pode acabar entrando num jogo de punições, no qual o sexo, ou a falta dele, acaba virando moeda de troca e, muitas vezes, a impossibilidade do casal em resolver tais questões pode acarretar num divórcio. No entanto, esta realidade pode ser transformada se o casal tomar consciência desse circulo vicioso no qual se encontram, de tal modo que as frustrações podem tomar outras dimensões.
  Sendo assim, quando o casal não aprende a conversar sobre suas mágoas e dificuldades, estas passam a ser expressas como desinteresse sexual e podem levar a falência do relacionamento. Do contrário, quando o casal não leva suas desavenças para a cama, são capazes de desfrutar de um bom entrosamento sexual, uma vez que é também através do sexo os parceiros se revelam um para o outro, de tal modo que o casal se torna mais íntimo e mais a vontade um com o outro.

    Ψ Sexo e Relacionamentos em Psicoterapia: Alguns casais podem recorrer à psicoterapia quando a vida sexual não vai bem. No entanto, poucos têm consciência de que suas dificuldades sexuais nada mais são do que o reflexo de suas desavenças e frustrações relacionais. Assim, a psicoterapia pode ajudar o casal a tomar consciência desse mecanismo e a aprender a lidar com suas dificuldades relacionais de outra forma, que não pelo desinteresse sexual, de modo a preservar a união e  o desejo sexual do casal.

domingo, 10 de março de 2013

Para refletir...


Eu Quero
Autor: Fernando Pessoa

Quero não sentir medo.
Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais. Viajar até cansar.
Quero sair pelo mundo.
Quero fins de semana de praia, aproveitar os amigos e abraçá-los mais.
Quero ver mais filmes, ler mais, Sair mais.
Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto.
Quero morar sozinho.
Quero ter momentos de paz. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais.
Quero ser feliz.
Quero sossego.
Quero me olhar mais. Tomar mais sol e mais banho de chuva.
Preciso me concentrar mais, delirar mais. Não quero esperar mais.
Quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais.
Quero conhecer mais pessoas.
Quero olhar pra frente.
Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa.
Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão.
Quero ousar mais, experimentar mais.
Quero menos "mas".
Quero não sentir tanta saudade.
Quero mais e tudo mais.
E o resto que venha, se vier, ou tiver que vir, ou não venha.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Relacionamento à Distância


         Hoje em dia é cada vez mais frequente as pessoas se relacionarem à distância. Mas não é nada fácil lidar com a distância e com os possíveis sentimentos de vazio e solidão na ausência do parceiro, além da saudade. No entanto, isto não quer dizer que não seja possível manter um relacionamento sólido e satisfatório, mesmo que os parceiros estejam separados por uma longa distância e, em função disso tenham que passar alguns períodos separados.
    Para muitos, os relacionamentos à distância ainda são sinônimos de dificuldade e desconfiança. E, por este motivo, a insegurança e o ciúme, também se fazem muito frequentes entre os casais que se relacionam à distância, principalmente no início do relacionamento. Isto porque, algumas pessoas tendem a fantasiar o que está acontecendo com o outro e por este motivo tentam controlar os passos do parceiro, mesmo a quilômetros de distância. O resultado dessa insegurança quase sempre significa no aumento da distância entre os parceiros, pois acaba por enfraquecer os laços entre o casal, podendo levar ao rompimento da relação. Por outro lado, quando o casal se compromete verdadeiramente com o relacionamento, o que se pode observar é que, com o passar do tempo e com a solidificação da união, a segurança no parceiro e na relação tendem a surgir naturalmente, apontando para a maturidade da relação e dos parceiros.
       Neste sentido, a confiança deve ser a base de um relacionamento à distância. E, para se ter confiança é necessário que o casal consiga manter uma boa comunicação, que transmita segurança ao parceiro, deixando-o sempre a par de sua vida e projetos. 
       Além disso, é importante que o casal se programe para os momentos que estarão juntos, de tal forma que consigam equilibrar o investimento de ambos na relação. Cabe ressaltar que, quando o casal se encontra é importante que saibam incluir o outro em seu dia-a-dia e em sua rotina, o que pode ajudá-lo a ficar mais próximo da realidade do parceiro e assim a sensação de distância entre o casal pode ser amenizada.
    Sendo assim, para um relacionamento à distância dar certo, é preciso que ambos os parceiros invistam e acreditem na união, mesmo separados geograficamente. Dessa forma, o que vai predizer o sucesso ou o fracasso da relação é justamente o nível de segurança e confiança que o casal irá depositar no relacionamento, bem como o investimento de cada um na relação.    

    Ψ Relacionamento à Distância e Psicoterapia: Casais que se relacionam à distância costumam ter dificuldades em confiar no outro e em se sentir como parte da vida e dos projetos do parceiro. Além de terem dificuldades em lidar com os momentos de solidão e vazio na ausência do parceiro. Assim, a psicoterapia individual tem como função ajudar o cliente a lidar com estes momentos e a propor as mudanças cabíveis a nível individual. Cabe ressaltar que a psicoterapia de casal também pode ser realizada, desde que o casal se comprometa a estar frequente às sessões. Assim a psicoterapia propõe ajudar o casal a trabalhar sua comunicação e o vínculo afetivo entre eles, de tal forma que possam realizar as mudanças pertinentes para a manutenção da relação. De tal modo que o casal possa se sentir seguro na união e no parceiro, aprendendo a lidar com as dificuldades naturais decorrentes da distância física existente entre eles.